AULA DE ARTES - 6º ano
Pra gente começar a aula de hoje e especialmente falar de um super representante do Pontilhismo , que faz parte da Arte Moderna do século XIX(19) vamos precisar lembrar da aula passada e saber Quem foi Georges Seurat?
Georges Seurat foi um pintor francês mais comumente associado ao movimento pós-impressionismo na arte, que era um estilo de pintura do século XIX que favorecia a representação de temas da vida real de maneiras distorcidas e fantásticas.
SEURAT é conhecido por seu uso de pontilhismo e bloqueio de cores em suas pinturas, que ele usaria para conseguir a ilusão de cores misturadas, colocando diferentes pigmentos lado a lado. Depois de apresentar a pintura mais famosa de sua carreira Uma tarde de domingo na ilha de La Grande Jatte, que vimos na aula anterior, Seurat foi creditado como o pai do "Neo-Impressionismo", que se refere a um estilo de pintura em que cores não misturadas são colocadas lado a lado para conseguir o efeito de mistura.
SEURAT -The Morning Wallk (Caminhada Matinal) - 1885 |
The Morning Walk (Caminhada Matinal) - 1885.
Seurat pode tê-lo pintado antes de decidir produzir um quadro final dessa vista particular do rio, ou pode ter sido apenas um estudo preparatório para uma outra pintura.
O formato vertical é incomum para Seurat, mas lhe permitiu construir a composição como uma série de faixas horizontais empilhadas formadas pelo primeiro plano, o rio, a margem oposta do rio e as casas e árvores da cidade de Courbevoie à distância.
Pintando no local, ele precisou trabalhar rapidamente, isso podemos comprovar pelo jeito das pinceladas. Embora ele pintasse com a técnica pontilhista de pontinhos coloridos, sua dívida para com o impressionismo ainda pode ser verificada nas grandes pinceladas fluidas de cores não misturadas, particularmente na água.
SEURAT -Gray Weather, Grande Jatte (Tempo Cinza, Grande Jatte) - 1886| 1888 |
Acima, Gray Weather, Grande Jatte (Tempo Cinza, Grande Jatte) - 1886| 1888
Esta vista se estende da ilha de La Grande Jatte, emoldurada por árvores, até as casas de telhados vermelhos do subúrbio de Paris. Aqui, ele procurou transcrever com mais exatidão a vívida clareza externa da natureza em todas as suas nuances, usando a técnica conhecida como Pontilhismo (também conhecida como Divisionismo) A borda pintada foi adicionada pouco antes de a pintura ser exibida pela primeira vez em 1889.
SEURAT -The Seine at Courbevoie (O Sena em Courbevoie ) - 1883 | 1884 |
The Seine at Courbevoie (O Sena em Courbevoie ) - 1883 | 1884
Nesta pintura, Seurat aplica cores complementares que são colocadas na tela lado a lado em minúsculos pontos e salpicos de tinta.
Este estudo é um exemplo maravilhoso da capacidade de Seurat de capturar o brilho e a intensidade da luz. Ele alternou cores quentes com outras frias, e também permitiu que o suporte laranja-marrom aparecesse em alguns lugares. Para dar vida à cena, ele colocou uma pequena figura em um barco na água. Você consegue localizar?
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.metmuseum.org/art/collection/search/438015
https://useum.org/artwork/The-Seine-at-Courbevoie-Georges-Seurat
https://useum.org/artwork/Untitled-Georges-Seurat
https://www.nationalgallery.org.uk/paintings/georges-seurat-the-morning-walk
https://www.nationalgallery.org.uk/artists/georges-seurat
https://www.masterclass.com/articles/georges-seurat-life-and-paintings#7-famous-works-of-georges-seurat
A HISTÓRIA DA ARTE
George Seurat, Un dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte (Uma tarde de Domingo na Ilha de Grand Jatte) , 1884-1886. |
Georges SEURAT
Era uma vez, um menino que gostava muito de desenhar. Seu nome era Georges-Pierre Seurat. Ele tinha um nome bem diferente era francês. Os pais de Seurat o colocaram em uma escola de desenho. A personalidade artística de Seurat era contraposta por qualidades supostamente opostas e incompatíveis: de um lado, a sua sensibilidade extrema e delicada; do outro, uma paixão pela abstração lógica e uma precisão matemática da mente. Quando menino e ele gostava também de saber sobre as novidades que os cientistas descobriam e ficou muito interessado quando aprendeu como os nossos olhos vêem os objetos e as cores. Sabendo de todas essas coisa e desenhando muito bem, ele começou a pintar de uma forma diferente dos outros pintores. Ao invés de misturar as tintas na paleta - tipo de prato onde os artistas misturam as tintas - ele colocava pontos de cores puras lado a lado na tela assim, quem observasse a sua pintura de longe, veria uma única cor. Seurat foi pioneiro do movimento pontilhista, também chamado divisionismo.
Em um belo dia de primavera em Paris, no fim do século XIX, Seurat criou sua obra-prima, “Uma tarde de domingo na ilha da Grande Jatte”. Essa obra é fruto da experimentação e da paixão pela pintura de grande proporção e se tornou símbolo maior do Pontilhismo e um de seus trabalhos de maior expressão e ícone da pintura do século XIX . Mais de cem anos depois, a obra ainda suscita encanto e fascinação em que a vê.
O PONTILHISMO foi um movimento artístico que surgiu na França em meados da década de 1880 . O movimento Pontilhista , também conhecido como Divisionismo nasceu das ideias dos pintores impressionistas, por isso, o classificamos também como um movimento pós-impressionista. Como o nome já diz, Pontilhismo refere-se a uma técnica de pintura que se baseia na colocação de pinceladas coloridas muito próximas umas das outras, como pontos de cor bem pertinho uns dos outros, justapostos (lado a lado). Dessa forma, quando vemos a obra a certa distância, nossa visão faz a mistura daqueles pontinhos coloridos e assim vemos uma única cor , esse fenômeno é chamado de mistura ótica.
A pintura pontilhista é composta por pontos ou pequenas manchas coloridas. É necessária muita paciência para se obter bons e bonitos efeitos usando essa técnica. Um dos artistas que mais se dedicaram nesse tipo de pintura foi George SEURAT, pintor impressionista. Também se destacou teve grande notoriedade na técnica do Pontilhismo, foi o francês Paul SIGNAC. Na próxima aula vamos observar as obras dos dois artistas. Vou deixar mais uma obra de SEURAT para vocês darem uma olhada.
SEURAT - La Tour Eiffel (A Torre Eiffel), 1889 |
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens:
http://obviousmag.org/archives/2012/10/uma_tarde_de_domingo_na_ilha_de_grande_jatte.html
A HISTÓRIA DA ARTE
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Piet Mondrian foi um pintor holandês (1872-1944). Ele gostava muito de pintar paisagens realistas ,antes de se mudar para Paris na França e ser influenciado pelo movimento cubista. Mais tarde, Mondrian se envolveu no movimento De Stijl (1917-1931) que misturava arte e arquitetura. Depois de um tempo , Mondrian começou a desenvolver uma forma diferente de pintar: a pintura abstrata conhecida como Neo-Plasticismo, que geralmente reduz as formas a formas geométricas em cores primárias, como já vimos em algumas aulas anteriores. Piet MONDRIAN foi um dos grandes pioneiros da pintura abstrata e da gerações de pintores, arquitetos e designers modernos.
Na década de 1920, Piet Mondrian começou a criar as pinturas abstratas definitivas pelas quais é mais conhecido. Ele limitou sua paleta ao branco, preto, cinza e às três cores primárias, com a composição feita de grossas linhas pretas horizontais e verticais que delineavam os vários retângulos.
Essa simplificação dos elementos pictóricos (da pintura) foi essencial para a criação de de um novo tipo de arte abstrata. Os diversos blocos de cores e linhas em larguras diferentes criam ritmos que vão e vêm pela superfície da tela, como se ele quisesse mostrar o ritmo variado da vida moderna.
As composições de Mondrian são assimétricas (ou seja, irregulares), com um grande bloco dominante de cor rodeado por uma distribuição equilibrada de outros blocos menores de amarelo, azul, cinza e branco. Este estilo ficou famoso no meio artístico nos anos 1920. Mondrian gostava da abstração e de uma paleta mais pura e mais reduzida de cores. Em suas composições, o artista demonstrava que acreditava que as pessoas do futuro viveriam nessa realidade simples e fantástica ao mesmo tempo.
Por volta de 1932, ele começou a multiplicar as linhas em suas composições, criando um dinamismo e movimento visual maiores fazendo com que as pessoas de fato entendesse que seu trabalho não era nada “estático" (parado).
Agora, chega de conversa e vamos já dar uma olhada em tudo isso que você aprendeu Algumas obras de Piet MONDRIAN que se referem basicamente às cores primárias. Observe-as com muita atenção porque elas serão assunto das próximas tarefas. Vamos lá?
MONDRIAN - Composição 8, 1939/42 |
MONDRIAN - Composição II em Vermelho, Azul e Amarelo - 1930 |
MONDRIAN - Compositie met groot rood vlak, geel, zwart, grijs en blauw (Composição com Vermelho, Amarelo, Azul e Preto) |
MONDRIAN - Composição com Amarelo, Azul e Vermelho, 1942 (Tate Galery , Londres- UK) |
Referência Bibliográfica e Créditos de Imagens
Mondrian e o Movimento de Stijl, CCBB- Rua Primeiro de Março, 66- Centro RJ.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Piet_Mondriaan,_1930_-_Mondrian_Composition_II_in_Red,_Blue,_and_Yellow.jpg
https://isfdn.org/art-docent-lessons/all-grades/mondrians-primary-colors/
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume,2000.
www.nationalgalleries.org/art-and-artists/717/composition-double-line-and-yellow-1932 (acesso em 10|06|2020).
ARTES VISUAIS
CORES PRIMÁRIAS
Chamamos cores primárias ou puras aquelas que não podem ser obtidas por meio de qualquer mistura. São elas, azul, amarelo e vermelho. A ideia de cores primárias era difundida desde a Antiguidade onde muitos povos que utilizaram as cores para diversas finalidades na arte, já tinham o conhecimento dessas cores.
"No período Paleolítco, o homem representava com pictoricamente com apenas duas cores: o terra-vermelha e o terra-amarela (ou ocre) Os povos da Pré-história já pintavam nas cavernas e utilizavam dentre outras cores, os vermelhos" (IVANOV, p.107-8).
Os egípcios já tinham o conhecimento do azul, por cauda da pedra chamada Lápiz-Lazuli que dava origem ao pigmento de cor azul muito intensa. Diante dessas evidências, classificamos estas três cores de primárias, pois são encontradas na natureza sem necessidade de misturas.
CORES SECUNDÁRIAS
As cores secundárias, são assim chamadas porque se originam da mistura de duas cores primárias.
AMARELO + AZUL = VERDE
AMARELO + VERMELHO = LARANJA
AZUL + VERMELHO = ROXO.
Na aula anterior, fizemos análises de algumas das obras de Kandinsky, das quais ele utilizou alguns recursos da geometria para criar formas inspiradas em uma realidade não encontrada na natureza, o que chamamos de abstracionismo. Kandinsky, embora utilize cores e formas parecidas, ele consegue absorver a aura do tema que envolve toda a história por trás da pintura, e a transforma em um ambiente lúdico, fantasioso e que revelam suas excêntricas ideias e pensamentos. Vamos dar uma olhada nas obras do artista e depois vamos fazer algumas tarefas. Observe as obras e não esqueça de ler o título da obra, ou seja o nome que o artista escolheu para sua obra, a data que ele finalizou a obra e a técnica que ele utilizou para fazer a obra (nome, data - técnica).
Wassily Kandinsky - Merry Structure (Estrutura Alegre), 1926 |
Em Estrutura Alegre (acima), O artista posicionou todos os objetos na pintura de forma que cada item esteja em harmonia uns com os outros. Ele também usou uma cor de fundo brilhante para tornar todos os itens visíveis, pois sua cor também está em harmonia com as cores dos objetos. Todos os recursos foram cuidadosamente colocados nesta pintura, pois não há nenhum item que ocupe toda a composição da pintura.
Wassily Kandinsky, Scwarzes Dreieck (Black Triangle), 1923 |
A obra acima (Triângulo Negro) está no livro de Kandinsky, Ponto, Linha, Plano de 1925, e foi provavelmente realizado depois do quadro a óleo (um tipo de técnica muito utilizada pelos artistas). Os diagramas desse tipo têm por função ressaltar as principais estruturas lineares de uma composição pictórica (da pintura), sublinhando assim, o aspecto construtivo da criação da obra.
Wassily Kandinsky - Weiches Hart, 1927 óleo s/ tela |
Os triângulos na obra Weishes Hart (acima em azul) são os mais variados possíveis, ela explora os três tipos de triângulos de acordo com as dimensões de seus lados. Na mesma pintura temos os exemplos de triângulos dos tipos Isósceles, Escaleno e Equilátero, que nós já estudamos.
Wassily Kandinsky - Triângulos Coloridos - 1965 |
Triângulos Coloridos é uma obra feita a partir da observação de formas geométricas que já conhecemos : triângulos e círculos. As cores se apresentam de maneira muito mais suaves com um grau de tonalidade mais leve ao fundo da pintura, que seria mais uma síntese de verdes azulados. O artista coloca bastante tensão com linhas mais diagonais sobre a grande figura que exerce tensão sobre os olhos de quem vê. O que parece é que o grande triângulo formado por outros pequenos, tende a deslizar ou mesmo se movimentar no espaço . Essa é a questão de Kandinsky nessa composição: movimento com uma figura geométrica estática.
Referências Bibliográficas:
Caroline Lopes, Vivian, Arte é Infância: apoio didático, 1 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.
Site Reproarte https://reproarte.com/ acesso em 22|05|2021.
SOBRAL, Suse ; MENDES, Fátima ; FIALHO, Filipe - Geometria e Arte PDF da revista on-line Mediações do Instituto Politécnico de Setubal https://comum.rcaap.pt/ acesso em 22|05|2021.
KANDINSKY, Wassily. Ponto e linha sobre plano: contribuição à análise dos elementos da pintura. Martins Fontes, 2001.
https://joyofmuseums.com/museums/united-states-of-america/new-york-museums/the-guggenheim/blue-painting-by-vasily-kandinsky/ acesso em 22|05|2021.
http://www.kandinskypaintings.org/merry-structure/ acesso em 22|05|2021.
Wassily Kandinsky, 1923 - Circles in a Circle ( Círculos em um Círculo) |
Já conhecemos um pouco do artista Wassily Kandinsky, e hoje vamos aprender sobre um pouco mais de seu estilo tradicional e realista.
Kandinsky viajou por toda a Europa e conheceu pintores famosos como Matisse e Gauguin e se inspirou no trabalho desses artistas . Ele gostou tanto das cores fortes e vibrantes que estes artistas usavam, que começou a trazer essas cores para sua obra.
Quando se tornou professor na Escola Bauhaus na Alemanha, sua arte se tornou menos objetiva e continha linhas, círculos e outras formas geométricas.
Kandinsky é conhecido como "pioneiro da arte moderna". Ele acreditava que a arte deveria atingir o público por meio da visão, som e emoção ou conexão espiritual. Ele queria criar uma arte que deixasse o público decidir sobre o significado, assim como a música traz imagens à cabeça de quem a ouve. Kandinsky adorava representar círculos em seus trabalhos, pois podia trabalhar três importantes fundamentos das Artes: Contraste (técnica que mostra diferenças nos elementos em uma obra de arte por exemplo, como texturas suaves , ou ásperas, cores claras ou escuras ,linhas grossas ou finas). Padrão (repetição dos elementos de forma organizada) e Simetria: equilíbrio , aparência exata em lados diferentes . E o círculo foi é a figura que possui a facilidade de se trabalhar com essas três características. Então agora vamos observar e apreciar quatro dos trabalhos de Kandinsky que trazem o círculo, a figura geométrica perfeita escolhida por ele.
ALGUNS CÍRCULOS , 1926 - Kandinsky - Óleo sobre tela - Guggenheim Museum, NY , Estados Unidos. |
Wassily Kandinsky - Vertiefte Regung (Impulsos Aprofundados),1928 |
Wasily Kandinsky - Upward (Para Cima) , 1929 óleo s| cartão - Peggy Guggenheim Collection, Veneza Itália. |
SOFT PRESSURE , 1931 -Kandinsky - Óleo sobre compensado Museum of Modern Art (MoMa), NY - Estados Unidos. |
Wassily Kandinsky - Accent in Pink (Acento em Rosa), 1926 |
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://faystonart.blogspot.com/2017/11/kandinskys-circles-and-shapes.html
https://isfdn.org/art-docent-lessons/all-grades/expressionism-with-kandinskys-circles/
Der Bleuer Reiter (O cavaleiro Azul), Wassily Kandinsky 1903 |
Wassily Kandinsky é um artista que se associou a um grupo chamado Der Blaue Reiter, formado por outros artistas de vanguarda, com sede em Munique na Alemanha. Ele acreditavam que que a Arte podia salvar a humanidade. Kandinsky nasceu na Rússia e se tornou o principal líder do grupo e se destacou na pintura de abstração, como nós já vimos. Ele pintou em um estilo maravilhosamente vibrante influenciado pelo Pontilhismo de Georges Seurat, e o Fauvismo de Matisse (duas técnicas que vamos aprender mais adiante). Além disso, os mundos coloridos de suas telas estavam imersos na atmosfera etérea dos contos folclóricos russos, que para mim são muito invernais e mágicos.A lenda de um cavaleiro do norte da Rússia deixa Kandinsky intrigado, e muito curioso com as histórias populares daquela região. O cavaleiro viaja por uma paisagem muito ricamente colorida, como se fosse um cavaleiro das histórias medievais, dos livros de princesas e por onde passa, o verde se perde de vista , e nos galopes rápidos, podemos ouvir o estrondo de suas patas fortes trovejando no chão. A pintura do solitário cavaleiro mostra influências de um outro movimento que veremos no oitavo ano o Pós-impressionismo, por causa da esfera de luminosidade e cores muito vibrantes.
Blick auf Murnau mit Kirche (Vista de Murnau com igreja) - 1910, Wassily Kandinsky |
Em 1908 e 1909, as paisagens bávaras eram as preferidas a serem retratadas nos trabalhos de Kandinsky. Essas cenas ainda eram figurativas, ou seja, imitavam o real, porém progressivamente , as formas , as figuras e a linhas se dissolviam em massivos blocos coloridos. Este é o caso da Vista de Murnau,com Igreja datado do verão de 1910. Nessa pintura, Kandinsky reduz as formas em elementos essenciais. Ainda conseguimos verificar a torre da igreja e o alinhamento dos troncos das árvores, que mesmo de tons azulados, nos permitem identificar alguns elementos da paisagem real. A paisagem de Murnau, na Alemanha é geralmente fria com muita neve, mas nessa obra, Kandisnky enche de vida e cores, com nuvens de tons quentes alaranjados. Os troncos das árvores e no telhado da igreja são pintados de um irreal de cor azul, enquanto as montanhas à esquerda estão representadas por uma mancha de cor vermelha. Assim, Kansinsky não apenas evitou reproduzir o mundo real, como também criou uma nova realidade, com cores diversas, intensas, mas dando equilíbrio à composição.
Referências Bibliográficas:
WASSILY KANDINSKY , Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura, n18
BOZANO, B. Hugo; FRENDA, Perla; GUSMÃO, Tatiane Cristina. Arte em Interação, Vol. Único , São Paulo, 2013.
Caroline Lopes, Vivian, Arte é Infância: apoio didático, 1 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2014.
https://www.meisterdrucke.com/kunstdrucke/Wassily-Kandinsky/29999/Blick-auf-Murnau-mit-Kirche.html
https://www.dailyartmagazine.com/kandinskys-world-russian-fairy-tales/
http://www.elarteporelarte.com/clases-cultura-visual/jinete-azul-kandinsky-marc-jawlensky-klee/
Era uma vez, num lugar muito longe daqui, muito frio e muito grande viveu um jovem pintor que adorava música e que revolucionou a História da Arte. Seu nome era Wassily Kandinsky, isso mesmo. Ele tinha esse nome tão diferente porque era russo e no alfabeto russo – alfabeto cirílico – o nome dele ficaria assim: Василий Кандинский. Estranho, não é? As letras são muito diferentes das nossas. Kandinsky fez muitos amigos que eram pintores também e ele adorava música. Ele gostava tanto de música, que começou a pintar a música!!!!! Pintar a música? Isso mesmo. Kandisnky percebeu que podia pintar o sentimento de alegria que existia no estímulo musical, mas tinha que ser o mais profundo sentimento. Sabe quando você escuta uma música que você gosta, tão bonita, que até fecha os olhos e imagina o paraíso? Foi isso que ele sentiu. Kandinsky via cor quando o piano ou o violino tocava, assim, começou a ter inspiração para criar suas pinturas abstratas, que surgiam de um pensamento não real.
A VOZ DESCONHECIDA, KANDINSKY - 1916 |
Sobre esta obra, aqui em cima , A Voz Desconhecida, 1916 - aquarela e tinta sobre papel , Kandinsky afirma que teria ficado muito impressionado com a voz de Nina, a sua futura esposa, no primeiro encontro por telefone. Ele pintou esta aquarela dedicada à voz daquela jovem. Para Kandinsky era possível pintar os sons. Você é capaz de pensar numa música e fazer uma pintura?
PAISAGEM DE INVERNO, 1909 - KANDINSKY |
A obra acima, denominada Paisagem de Inverno , 1909 nos mostra um colorido onírico, fantasioso que Kandinsky utiliza para dar vida a uma paisagem fria de uma cidadezinha russa chamada Murnau. Na pintura notamos diversos tons de rosa, violeta-claro , azul produndo e verdes. Com esta obra, é possível refletir sobre a aplicação das cores e o despertar dos sentimentos.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens:
https://www.wassilykandinsky.net (acesso em 02|05|2021)
https://www.wassily-kandinsky.org/Blue-Rider-1909.jsp (acesso em 02|05|2021)
Amarelo, Vermelho, Azul - Kandinsky ,1925 . Óleo sobre tela 128 x 201,5cm Musée National dÁrt Moderne, Centre Georges Pompidou - França |
Você sabe o que é uma arte abstrata?
Você frequentemente cria arte abstrata sem saber do quase trata.
A abstração é a arte que não retrata os objetos, as pessoas ou cenas do mundo real da maneira como eles são de verdade, mas a forma como um artista sente e pensa, mais do que o que ele vê. Por esta razão, muitas pessoas têm dificuldade de reconhecer uma arte abstrata.
Na arte abstrata, o artista pode apenas usar cores não reais, formas e linhas geométricas para representar por exemplo uma figura humana. Colorir o sol de verde, por exemplo. É uma grande liberdade de criação.
As questões relacionadas à forma sempre foram do interesse dos artistas. Podemos nos emocionar diante de uma pintura que, para o artista, tratava-se de um problema de formas, cores e linhas a ser solucionado. Os elementos visuais são a matéria-prima do artista, que trabalha de modo a alcançar resultados pretendidos, seja expressar suas próprias emoções, idéias, visões de mundo, seja provocar determinadas reações no público. (BOZZANO, FRENDA, GUSMÃO p.149)
Na abstração, o artista pode ser independente e não precisa pintar os objetos, coisas e pessoas da vida exatamente como elas são. Por exemplo, o sol pode ser pintado de verde ou azul, e nem precisa ser um sol redondo, ou até mesmo o céu pode estar em baixo e a terra em cima. Você já pensou numa pintura completamente fora dos padrões da realidade? Pois é: essa maneira de pintar ficou conhecida como abstração e representou a ruptura com a tradição de pintar na Europa .
A ARTE ABSTRATA é um desdobramento da ARTE MODERNA, ou seja, nasce dentro da Arte Moderna, que é um super movimento artístico renovado do século XIX (19).
Na arte abstrata, o artista pode até se inspirar em formas reais e seu trabalho pode surgir de processos da síntese (misturas) figurativa, mas o resultado final, não terá mais referência direta com a figura original.
O primeiro artista moderno abstrato foi o russo Wassily Kandisnky , (1866-1944), e é dele que a gente vai falar na próxima aula.
Blue Rider (Cavaleiro Azul), 1909 - Kandinsky |
O que é a letra bastão e para quê ela serve?
Você que é aluno do 6 ano, deve ter lembrado que quando você era bem pequeno, assim que começou seus estudos na escola, usava bastante a letra bastão (ou também letra de forma), aquela que fazemos separada uma da outra, não é mesmo? Mas com o decorrer dos anos, você aprendeu a letra cursiva, aquela que usamos na nossa escrita , também conhecida como “mãozinha dada”.
Mas por que temos que aprender duas letras logo no início da nossa alfabetização?
Somos seres visuais, aprendemos muito facilmente pela visualidade e nos primeiros momentos da nossa alfabetização, é importante o conhecimento de cada letra em separado. A letra bastão propicia ao aluno uma boa visualidade da letra, o desenvolvimento de uma caligrafia precisa e firme , além do desenvolvimento da concentração. As letrinhas bastão são utilizadas para nos ajudar a deixar os trabalhos mais limpos e organizados. Na nossa matéria sempre escrevemos com Letras Bastão.
Mas na nossa área de conhecimento, na nossa disciplina ARTES VISUAIS, ela ainda é muito mais importante. Arquitetos usam para escrever seus projetos, desenhistas, artistas de diversos campos, designers e projetistas também fazem uso em seus trabalhos. Vamos conhecer um pouco mais na prática essa letrinha tão bacana? Mas tem um detalhe muito importante que você deverá levar em consideração ao desenhar a letra bastão : ela não cai para os lados, é bem elegante, alta e segue na linha, muito disciplinada essa letra, não é mesmo? Vamos lá praticar?
Agora represente os exemplos no seu caderno: Não esqueça que a letra bastão deve ser feita com muito cuidado, em cima da linha, não deve tombar para direita nem esquerda e deve ter a mesma altura. Se você precisar, use sua régua para ajudar a fazer a linha onde a letra bastão deve se sentar.
Circunferência e o Círculo
Circunferência - é uma curva fechada com todos os pontos à mesma distância de um ponto interior chamado centro.
Círculo - é o espaço limitado pela circunferência.
Elementos da Circunferência
Raio - O raio é a distância entre um ponto de uma circunferência e seu centro.
Corda- A corda é qualquer segmento de reta que liga dois de seus pontos. A corda nunca passa pelo centro da circunferência, mas liga dois pontos extremos da circunferência.
Diâmetro - O diâmetro é uma corda da circunferência que passa pelo centro. Dessa maneira, o diâmetro é a maior corda possível em uma circunferência e sua medida é igual a duas vezes o raio.
Arco - O arco é uma parte de uma circunferência limitada por dois pontos ex.: o segmento de reta DE.
Exemplo:
Na aula anterior, estudamos sobre como classificar um triangulo quanto aos seus ângulos. Hoje aprenderemos como classificar um triangulo quanto o tamanho de seus lados. Vamos lá?
CLASSIFICAÇÃO DO TRIÂNGULO QUANTO AO COMPRIMENTO DE SEUS LADOS
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O triângulo é um polígono de três lados e três ângulos.
Os triângulos podem ser classificados observando-se dois aspectos: a amplitude de seus ângulos ou o comprimento de seus lados. A soma de dos três ângulos de um triângulo é sempre 180º .
CLASSIFICAÇÃO DO TRIÂNGULO QUANTO AO ÂNGULO
· Triângulo Retângulo – quando possui um ângulo reto (=90º). Possui os dois lados do ângulo reto chamados de catetos e o ângulo oposto ao ângulo reto e chamado de hipotenusa.
· Triângulo Acutângulo – quando todos os ângulos são < 90º, (lê-se menor que 90º) . No exemplo abaixo, o triângulo possui ângulos que medem menos que 90º.
· Triângulo Obtusângulo – quando o maior ângulo é > 90º ; (lê-se maior que 90º) . No exemplo abaixo, o triângulo possui um ângulo que mede 130º.
ARTES VISUAIS
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O ângulo é uma região delimitada por duas semirretas.
Podemos usar as unidades de medida: grau ou radiano para medir o ângulo.
De acordo com a sua medida, ele pode ser classificado em:
Agudo < (menor que) 45º graus
Reto = 45º graus
Obtuso > (maior que) 90º graus
Raso = 180º graus.
O instrumento que permite desenhar os ângulos é o transferidor.
Em nossas aulas vamos precisar de um transferidor e da régua, tá certo?
Como medir um ângulo?
Para a realização de um desenho ou para a medição de um ângulo, na geometria utilizamos o compasso e o transferidor e a régua. Como o ângulo corresponde à região que está entre duas semirretas, para realizar a medida em um transferidor, posicionamos uma das semirretas apontando para 0º e observamos o grau para o qual a outra semirreta está apontada.
Classificação dos ângulos
Um ângulo pode ser classificado de acordo com a sua medida. Além de nulo (ângulo de 0º), um ângulo pode ser agudo, reto, obtuso, raso, côncavo ou inteiro, mas nessa aula vamos aprender apenas os quatro primeiros.
Ângulo agudo: quando sua medida é um número maior que 0 e menor que 90º.
OBS.: Note que o ângulo
AÔB, representado também por α, é um ângulo maior que 0º e menor que 90º.
ÂNGULO AGUDO |
Ângulo reto: possui exatamente 90º. Quando isso acontece, podemos dizer também que as semirretas se cruzam de forma perpendicular.
Geralmente o ângulo reto possui a região angular (parte em laranja na imagem) representada por um quadradinho.
ÂNGULO RETO |
Ângulo obtuso: quando sua medida é maior que 90º e menor que 180º.
ÂNGULO OBTUSO |
Ângulo raso: conhecido também como meia-volta ou meia-lua, esse ângulo equivale à metade de um ângulo inteiro, logo possui exatamente 180º.
ÂNGULO RASO |
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Retas Concorrentes, Coincidentes e Paralelas
Duas retas que pertençam a um mesmo plano podem ser concorrentes, coincidentes ou paralelas.
Retas Concorrentes - São retas que se cruzam em um ponto, no caso abaixo, as retas c e d, se cruzam no ponto B.
Retas Coincidentes - as retas coincidentes possuem todos os pontos em comum. É como se estivéssemos vendo uma reta apoiada sobre a outra. Então dizemos, r coincide com s.
Retas Paralelas -Como já vimos em aula passada, as retas paralelas não possuem pontos em comum, mas estão a mesma distância.
ARTES VISUAIS
Vimos nas aulas anteriores um pouco sobre a LINHA. Agora vamos aprofundar nossos estudos sobre a reta, conhecer um pouco mais sobre segmentos de retas e retas e aprender a fazer operações com elas.
Uma reta é um conjunto de pontos. Geometricamente, ela é representada como uma linha reta, isto é, que não faz curva alguma. Uma reta possui infinitos pontos, portanto a reta é infinita.
Semirreta: é uma reta que tem início marcado por um ponto A , mas não tem fim. Ou seja, é uma linha que apresenta somente uma direção e sentido, partindo de um ponto de origem.
Segmento
de Reta: é uma parte da reta, marcada por dois pontos (AB). Os
pontos que fazem parte da reta sempre são indicados por letras maiúsculas. O espaço compreendido entre os pontos A e B é um segmento de reta chamado AB.
Operações com Segmentos de Retas
Agora vamos aprender como efetuar operações com segmentos de retas, as partes das retas que você vai usar deverão ser medidas com a régua.
Adição: somamos o tamanho da reta a ao tamanho da reta b.
Subtração: diminui-se o tamanho da reta c pelo tamanho da reta d.
Divisão: é um pouco mais complexa e vamos precisar de esquadro, régua e compasso. A medida é totalmente feita com o auxílio destes instrumentos. A reta maior é chamada de reta de apoio, sobre ela é feita a divisão da reta menor.
REPRESENTAÇÃO DO PONTO
O ponto e a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem comprimento, nem largura, nem altura. Ele é determinado pelo cruzamento de duas linhas. O ponto é sempre representado por uma letra maiúscula. Veja abaixo as formas de representação do ponto, que você poderá utilizar.
PLANO
Nosso Universo é o PLANO, e nele, representamos figuras constituídas de PONTOS e / ou LINHAS.
O plano é um objeto geométrico infinito bidimensional (com duas dimensões), que chamamos SUPERFÍCIE.
SÓLIDO
O SÓLIDO é uma região do espaço delimitada por planos e superfícies. O sólido é tridimensional, ou seja, possui volume. Diferente do plano que é bidimensional.
CLASSIFICAÇÃO DAS LINHAS
Quanto a forma:
Linhas Retas – quando a trajetória do ponto “P” segue sempre a mesma direção:
Linhas Sinuosas – são formadas apenas por CURVAS IRREGULARES e sentidos diferentes.
Linhas Curvas – quando o deslocamento do ponto muda a direção do traçado.
Linhas Mistas – são formadas de segmentos de retas e curvas unidas numa sequencia sem interrupção.
Linhas Onduladas – formadas por linhas curvas regulares (raios constantes).
Linhas Horizontais – possuem angulação de 0º e 180º . Geralmente são construídas com o auxilio da régua ou do T .
Linhas Verticais – possuem angulação de 90º . Geralmente são construídas com o auxilio dos esquadros.
Linhas Paralelas – possuem duas ou mais linhas que mantém a mesma distância ao longo de seus prolongamentos, ou seja , jamais se tocam, mas descrevem a mesma trajetória .
➽ AULA 1 - DESENHO GEOMÉTRICO BÁSICO
No decorrer de nossas aulas, iremos aprender sobre o estudo da forma, através do Desenho Geométrico Básico e aprender a reconhecer os elementos básicos e constitutivos das artes visuais (ponto, linha, plano, forma geométrica, direção, dimensão, noção espacial, movimento).
Introdução ao Desenho Geométrico Básico
Para que serve o Desenho Geométrico?
O Desenho Geométrico é classificado como desenho resolutivo, pois através dele, determinam-se respostas precisas para problemas de natureza prática ou teórica. Para conseguirmos exatidão nos desenhos e que eles sejam feitos com bastante precisão, você vai precisar da régua, que pode ser sem graduação e que é um instrumento fundamental e simples e do compasso para auxiliar as medidas exatas do seu desenho.
Régua - instrumento utilizado em desenho Geométrico, próprio para traçar Segmentos de Reta e medir distâncias pequenas. Utilizamos as medidas de centímetro (cm) e milímetro (mm). Um centímetro mede 10 milímetros.
O Compasso é um instrumento de desenho que faz arcos de circunferências. Também serve para marcar um segmento em uma reta e transferir uma medida para outro espaço. Ainda tem inúmeras funções que ajudam a resolver problemas geométricos, como por exemplo construir um poliedro, ou achar o centro de uma Circunferência.
Esquadro é um instrumento utilizado em desenhos arquitetônicos, possui forma de um triângulo retângulo, ou de um L. Os esquadros são usados em par, que é composto por dois triângulos retângulos.
Elementos Fundamentais do Desenho Geométrico Básico
1. PLANO
2. PONTO
3. RETA
O Nosso Universo é o PLANO e nele representamos figuras constituídas de PONTOS e | ou RETAS.
O ponto não tem dimensão e só é determinado pela interseção de duas linhas, se você desenha um X, que é feito com duas linhas posicionadas uma sobre a outra de maneira contrária, o ponto está no meio dessas duas linhas.
O ponto é a unidade mínima da
Linguagem Visual (linguagem compreendida apenas pelo olhar). Ele é o elemento
mais simples. Assim que colocamos o lápis no papel, criamos o ponto. É a partir
do ponto que criamos todas as outras formas.
Embora pequeno, ele é muito importante. Quando se desloca, o ponto descreve uma linha, cuja forma, varia de acordo com sua trajetória, ou seja , se você colocar um pontinho no seu caderno e depois arrastá-lo, você estará desenhando uma linha, essa linha poderá ser de diversas formas :curva, crispada, minhoquinha, reta, vertical, horizontal, inclinada, etc... mas não se preocupe com esses nomes novos , pois você vai vê-los mais adiante e também aprender a desenhá-los bem bonitos e perfeitos.
➽ATIVIDADES
1. Observe a tirinha abaixo e responda:
b). Observe o último quadrinho e diga se teve relação com os três primeiros.
c). É possível fazer algum desenho sem a presença do ponto e da linha?
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 16 - Arte no Antigo Egito:
A Pintura e a Escultura Postagem : 06 | 12 |2020.
Apreciando
e compreendendo a arte egípcia antiga A arte
do Antigo Egito deve ser vista do ponto de vista dos antigos egípcios para
compreendê-la. De natureza um tanto estática, geralmente formal,
estranhamente abstrata e muitas vezes em blocos contendo muitas imagens,
as representações pictóricas, bem como as esculturas tiveram comparações desfavoráveis
com a arte grega ou renascentista posterior. A arte dos egípcios
serviu a um propósito muito diferente daquele dessas culturas posteriores: a arte egípcia não foi feita para ser vista| apreciada.
Enquanto
nos dias de hoje, maravilhamo-nos com os tesouros cintilantes da tumba de
Tutancâmon, os relevos sublimes nas tumbas do Novo Reino e a beleza serena das
estátuas do Antigo Reino, é importante lembrar que a maioria dessas obras nunca
foi pensada para ser vista, pois este não era seu propósito.
A
função da arte egípcia
Essas
imagens, sejam estátuas ou relevos, foram projetadas para
homenagear um deus ou um falecido. A maioria das estátuas apresenta a Lei da Frontalidade, o que significa que estão dispostas de frente, porque foram
projetadas para enfrentar os rituais de recebimento (oferendas) que eram realizados
diante delas.
Estátuas em pedra dura de Ramsés II com Osíris, Ísis e Hórus - Museu Egípcio, Cairo (Novo Reino).
As
esculturas de culto divino (poucas das quais sobreviveram) eram o objeto de
rituais diários de vestimenta, unção e perfumação com incenso e eram carregadas
em procissões de festivais especiais e para que as pessoas pudessem saber que
estavam ali, para que pudessem sentir a presença daquela imagem, mesmo que quase
sempre todas estivessem totalmente escondidas da vista das pessoas. As
estátuas dos reis e dos nobres serviam como intermediárias entre o povo e os
deuses.
Apreciando
e compreendendo a arte egípcia antiga A arte
do Antigo Egito deve ser vista do ponto de vista dos antigos egípcios para
compreendê-la. De natureza um tanto estática, geralmente formal,
estranhamente abstrata e muitas vezes em blocos contendo muitas imagens,
as representações pictóricas, bem como as esculturas tiveram comparações desfavoráveis
com a arte grega ou renascentista posterior. A arte dos egípcios
serviu a um propósito muito diferente daquele dessas culturas posteriores: a arte egípcia não foi feita para ser vista| apreciada.
Enquanto
nos dias de hoje, maravilhamo-nos com os tesouros cintilantes da tumba de
Tutancâmon, os relevos sublimes nas tumbas do Novo Reino e a beleza serena das
estátuas do Antigo Reino, é importante lembrar que a maioria dessas obras nunca
foi pensada para ser vista, pois este não era seu propósito.
A
função da arte egípcia
Essas
imagens, sejam estátuas ou relevos, foram projetadas para
homenagear um deus ou um falecido. A maioria das estátuas apresenta a Lei da Frontalidade, o que significa que estão dispostas de frente, porque foram
projetadas para enfrentar os rituais de recebimento (oferendas) que eram realizados
diante delas.
Estátuas em pedra dura de Ramsés II com Osíris, Ísis e Hórus - Museu Egípcio, Cairo (Novo Reino).
As
esculturas de culto divino (poucas das quais sobreviveram) eram o objeto de
rituais diários de vestimenta, unção e perfumação com incenso e eram carregadas
em procissões de festivais especiais e para que as pessoas pudessem saber que
estavam ali, para que pudessem sentir a presença daquela imagem, mesmo que quase
sempre todas estivessem totalmente escondidas da vista das pessoas. As
estátuas dos reis e dos nobres serviam como intermediárias entre o povo e os
deuses.
A arte do Antigo Egito deve ser vista do ponto de vista dos antigos egípcios para compreendê-la. De natureza um tanto estática, geralmente formal, estranhamente abstrata e muitas vezes em blocos contendo muitas imagens, as representações pictóricas, bem como as esculturas tiveram comparações desfavoráveis com a arte grega ou renascentista posterior. A arte dos egípcios serviu a um propósito muito diferente daquele dessas culturas posteriores: a arte egípcia não foi feita para ser vista| apreciada.
Enquanto nos dias de hoje, maravilhamo-nos com os tesouros cintilantes da tumba de Tutancâmon, os relevos sublimes nas tumbas do Novo Reino e a beleza serena das estátuas do Antigo Reino, é importante lembrar que a maioria dessas obras nunca foi pensada para ser vista, pois este não era seu propósito.
A função da arte egípcia
Essas imagens, sejam estátuas ou relevos, foram projetadas para homenagear um deus ou um falecido. A maioria das estátuas apresenta a Lei da Frontalidade, o que significa que estão dispostas de frente, porque foram projetadas para enfrentar os rituais de recebimento (oferendas) que eram realizados diante delas.
Estátuas em pedra dura de Ramsés II com Osíris, Ísis e Hórus - Museu Egípcio, Cairo (Novo Reino). |
As esculturas de culto divino (poucas das quais sobreviveram) eram o objeto de rituais diários de vestimenta, unção e perfumação com incenso e eram carregadas em procissões de festivais especiais e para que as pessoas pudessem saber que estavam ali, para que pudessem sentir a presença daquela imagem, mesmo que quase sempre todas estivessem totalmente escondidas da vista das pessoas. As estátuas dos reis e dos nobres serviam como intermediárias entre o povo e os deuses.
Modos
de representação da arte bidimensional
Modos
de representação da arte bidimensional
Modos de representação da arte bidimensional
A arte
bidimensional representava o mundo de maneira bem diferente. Artistas egípcios
adotaram a superfície bidimensional (dois planos) e tentaram mostrar com muita
simplicidade, os aspectos mais representativos de cada objeto ou elemento nas
cenas. Todos
os objetos ou elementos da cena eram agrupados e compactados para criar o todo
de uma única vez para quem visse.
Na
Arte Egípcia, especialmente na pintura e na escultura, as figuras mostram
o rosto, a cintura e os membros de perfil (de lado), mas os olhos e os ombros eram
representados de frente. Assim, podemos ver informações completas sobre os vários
elementos em vários ângulos de uma só vez.
A arte
bidimensional representava o mundo de maneira bem diferente. Artistas egípcios
adotaram a superfície bidimensional (dois planos) e tentaram mostrar com muita
simplicidade, os aspectos mais representativos de cada objeto ou elemento nas
cenas. Todos
os objetos ou elementos da cena eram agrupados e compactados para criar o todo
de uma única vez para quem visse.
Na
Arte Egípcia, especialmente na pintura e na escultura, as figuras mostram
o rosto, a cintura e os membros de perfil (de lado), mas os olhos e os ombros eram
representados de frente. Assim, podemos ver informações completas sobre os vários
elementos em vários ângulos de uma só vez.
A arte bidimensional representava o mundo de maneira bem diferente. Artistas egípcios adotaram a superfície bidimensional (dois planos) e tentaram mostrar com muita simplicidade, os aspectos mais representativos de cada objeto ou elemento nas cenas. Todos os objetos ou elementos da cena eram agrupados e compactados para criar o todo de uma única vez para quem visse.
Na Arte Egípcia, especialmente na pintura e na escultura, as figuras mostram o rosto, a cintura e os membros de perfil (de lado), mas os olhos e os ombros eram representados de frente. Assim, podemos ver informações completas sobre os vários elementos em vários ângulos de uma só vez.
Rei sendo abraçado por uma deusa. Pintura afundada -Tumba de Amenherkhepshef (Novo Reino)
Rei sendo abraçado por uma deusa. Pintura afundada -Tumba de Amenherkhepshef (Novo Reino)
Rei sendo abraçado por uma deusa. Pintura afundada -Tumba de Amenherkhepshef (Novo Reino) |
➤ Características da Arte Egípcia
Ramsés I entre Hórus e Anúbis câmara funerária com afrescos Tumba de Ramsés I Vale dos Reis Tebas Civilização egípcia Novo Império Dinastia XIX
➤ Características da Arte Egípcia
Ramsés I entre Hórus e Anúbis câmara funerária com afrescos Tumba de Ramsés I Vale dos Reis Tebas Civilização egípcia Novo Império Dinastia XIX
➤ Características da Arte Egípcia
Ramsés I entre Hórus e Anúbis câmara funerária com afrescos Tumba de Ramsés I Vale dos Reis Tebas Civilização egípcia Novo Império Dinastia XIX |
Repare a imagem acima e observe
que a Lei da Frontalidade que prevalece sobre este afresco de maneira que temos:
⇨vista lateral da cabeça,
⇨vista frontal do olho (sem
olhar para a frente)
⇨vista frontal dos ombros e tronco
⇨vista lateral do quadril
⇨vista lateral de braços, perna
e pés
⇨as mãos e os pés são grandes
em comparação com o resto do corpo.
Repare a imagem acima e observe
que a Lei da Frontalidade que prevalece sobre este afresco de maneira que temos:
⇨vista lateral da cabeça,
⇨vista frontal do olho (sem
olhar para a frente)
⇨vista frontal dos ombros e tronco
⇨vista lateral do quadril
⇨vista lateral de braços, perna
e pés
⇨as mãos e os pés são grandes
em comparação com o resto do corpo.
Repare a imagem acima e observe que a Lei da Frontalidade que prevalece sobre este afresco de maneira que temos:
⇨vista lateral da cabeça,
⇨vista frontal do olho (sem olhar para a frente)
⇨vista frontal dos ombros e tronco
⇨vista lateral do quadril
⇨vista lateral de braços, perna e pés
⇨as mãos e os pés são grandes em comparação com o resto do corpo.
As
figuras femininas eram representadas de tonalidades mais claras, como ocre, e o
homem em vermelho. Acredita-se que seja pelas atividades exercidas pela
mulher, ela ficava menos exposta ao sol
, não porque eram menos importantes. Algumas pesquisas relatam que a mulher
teria exercido cargos elevados na sociedade egípcia, como sacerdotisas e até
juízas.
As
figuras femininas eram representadas de tonalidades mais claras, como ocre, e o
homem em vermelho. Acredita-se que seja pelas atividades exercidas pela
mulher, ela ficava menos exposta ao sol
, não porque eram menos importantes. Algumas pesquisas relatam que a mulher
teria exercido cargos elevados na sociedade egípcia, como sacerdotisas e até
juízas.
As figuras femininas eram representadas de tonalidades mais claras, como ocre, e o homem em vermelho. Acredita-se que seja pelas atividades exercidas pela mulher, ela ficava menos exposta ao sol , não porque eram menos importantes. Algumas pesquisas relatam que a mulher teria exercido cargos elevados na sociedade egípcia, como sacerdotisas e até juízas.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.khanacademy.org/humanities/ap-art-history/ancient-mediterranean-ap/ancient-egypt-ap/a/egyptian-art (acesso em 06|12|20)
https://br.pinterest.com/pin/703828247986021626/ (acesso em 06|12|20)
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.khanacademy.org/humanities/ap-art-history/ancient-mediterranean-ap/ancient-egypt-ap/a/egyptian-art (acesso em 06|12|20)
https://br.pinterest.com/pin/703828247986021626/ (acesso em 06|12|20)
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.khanacademy.org/humanities/ap-art-history/ancient-mediterranean-ap/ancient-egypt-ap/a/egyptian-art (acesso em 06|12|20)
https://br.pinterest.com/pin/703828247986021626/ (acesso em 06|12|20)
A HISTÓRIA DA ARTE
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 15 - Arte no Antigo Egito:
A Mumificação Postagem : 17 | 11|2020.
➽AULA 15 - Arte no Antigo Egito:
A Mumificação Postagem : 17 | 11|2020.
A prática de mumificar os mortos começou no
antigo Egito c.3500 a.C. A palavra inglesa múmia vem do latim mumia, que
é derivado da palavra persa que significa
"cera" e que se refere a um cadáver embalsamado que parecia ser feito de cera.
A ideia de mumificar os mortos pode ter sido
sugerida pela forma como os cadáveres eram preservados nas areias áridas do
Egito.
As primeiras sepulturas do período Badariano
(c.5000 a.C.) continham ofertas de alimentos e alguns bens, sugerindo uma
crença na vida após a morte. As sepulturas eram retângulos rasos ou ovais
nos quais um cadáver era colocado sobre o lado esquerdo, geralmente em posição fetal. Eles eram considerados o local de descanso
final para o falecido.
Com a evolução dos túmulos nas eras seguintes,
a mastaba não eram mais vistas como um local de descanso final, mas como um lar
eterno para o corpo. A tumba era agora considerada um lugar de
transformação em que a alma deixaria o corpo para ir para a vida após a morte,
a chamada vida eterna dos povos antigos.
Nesse pensamento, o corpo deveria permanecer
intacto para que a alma pudesse continuar sua jornada à eternidade.Uma vez
libertada do corpo, a alma precisaria se orientar pelo que era familiar. Por
este motivo, os túmulos foram pintados com histórias e feitiços do Livro dos
Mortos, para lembrar a alma do que estava acontecendo e o que esperar, bem como
com inscrições conhecidas como Textos das Pirâmides e Textos do Caixão que
contariam eventos do a vida de um morto. A morte não era o fim da vida para os
egípcios, mas simplesmente uma transição de um estado para outro. Para tanto, o
corpo teve que ser cuidadosamente preparado para ser reconhecível pela alma ao
acordar no túmulo e também posteriormente.
O
Processo de Mumificação
O
ingrediente principal na mumificação era natrão, o sal divino. Uma mistura de
bicarbonato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio e cloreto de sódio
que ocorre naturalmente no Egito e que tem propriedades dessecantes e
desengordurantes. Logo abaixo vocês irão assistir um vídeo muito bacana sobre
como as pessoas eram mumificadas após a morte. O vídeo está em inglês, mas não
se preocupe que eu vou traduzir para você. Tenha atenção na animação que você
vai assistir agora. Basta clicar no link abaixo 👇
A prática de mumificar os mortos começou no
antigo Egito c.3500 a.C. A palavra inglesa múmia vem do latim mumia, que
é derivado da palavra persa que significa
"cera" e que se refere a um cadáver embalsamado que parecia ser feito de cera.
A ideia de mumificar os mortos pode ter sido
sugerida pela forma como os cadáveres eram preservados nas areias áridas do
Egito.
As primeiras sepulturas do período Badariano
(c.5000 a.C.) continham ofertas de alimentos e alguns bens, sugerindo uma
crença na vida após a morte. As sepulturas eram retângulos rasos ou ovais
nos quais um cadáver era colocado sobre o lado esquerdo, geralmente em posição fetal. Eles eram considerados o local de descanso
final para o falecido.
Com a evolução dos túmulos nas eras seguintes,
a mastaba não eram mais vistas como um local de descanso final, mas como um lar
eterno para o corpo. A tumba era agora considerada um lugar de
transformação em que a alma deixaria o corpo para ir para a vida após a morte,
a chamada vida eterna dos povos antigos.
Nesse pensamento, o corpo deveria permanecer
intacto para que a alma pudesse continuar sua jornada à eternidade.Uma vez
libertada do corpo, a alma precisaria se orientar pelo que era familiar. Por
este motivo, os túmulos foram pintados com histórias e feitiços do Livro dos
Mortos, para lembrar a alma do que estava acontecendo e o que esperar, bem como
com inscrições conhecidas como Textos das Pirâmides e Textos do Caixão que
contariam eventos do a vida de um morto. A morte não era o fim da vida para os
egípcios, mas simplesmente uma transição de um estado para outro. Para tanto, o
corpo teve que ser cuidadosamente preparado para ser reconhecível pela alma ao
acordar no túmulo e também posteriormente.
O
Processo de Mumificação
O
ingrediente principal na mumificação era natrão, o sal divino. Uma mistura de
bicarbonato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio e cloreto de sódio
que ocorre naturalmente no Egito e que tem propriedades dessecantes e
desengordurantes. Logo abaixo vocês irão assistir um vídeo muito bacana sobre
como as pessoas eram mumificadas após a morte. O vídeo está em inglês, mas não
se preocupe que eu vou traduzir para você. Tenha atenção na animação que você
vai assistir agora. Basta clicar no link abaixo 👇
A prática de mumificar os mortos começou no antigo Egito c.3500 a.C. A palavra inglesa múmia vem do latim mumia, que é derivado da palavra persa que significa "cera" e que se refere a um cadáver embalsamado que parecia ser feito de cera.
A ideia de mumificar os mortos pode ter sido sugerida pela forma como os cadáveres eram preservados nas areias áridas do Egito.
As primeiras sepulturas do período Badariano (c.5000 a.C.) continham ofertas de alimentos e alguns bens, sugerindo uma crença na vida após a morte. As sepulturas eram retângulos rasos ou ovais nos quais um cadáver era colocado sobre o lado esquerdo, geralmente em posição fetal. Eles eram considerados o local de descanso final para o falecido.
Com a evolução dos túmulos nas eras seguintes, a mastaba não eram mais vistas como um local de descanso final, mas como um lar eterno para o corpo. A tumba era agora considerada um lugar de transformação em que a alma deixaria o corpo para ir para a vida após a morte, a chamada vida eterna dos povos antigos.
Nesse pensamento, o corpo deveria permanecer intacto para que a alma pudesse continuar sua jornada à eternidade.Uma vez libertada do corpo, a alma precisaria se orientar pelo que era familiar. Por este motivo, os túmulos foram pintados com histórias e feitiços do Livro dos Mortos, para lembrar a alma do que estava acontecendo e o que esperar, bem como com inscrições conhecidas como Textos das Pirâmides e Textos do Caixão que contariam eventos do a vida de um morto. A morte não era o fim da vida para os egípcios, mas simplesmente uma transição de um estado para outro. Para tanto, o corpo teve que ser cuidadosamente preparado para ser reconhecível pela alma ao acordar no túmulo e também posteriormente.
O Processo de Mumificação
O ingrediente principal na mumificação era natrão, o sal divino. Uma mistura de bicarbonato de sódio, carbonato de sódio, sulfato de sódio e cloreto de sódio que ocorre naturalmente no Egito e que tem propriedades dessecantes e desengordurantes. Logo abaixo vocês irão assistir um vídeo muito bacana sobre como as pessoas eram mumificadas após a morte. O vídeo está em inglês, mas não se preocupe que eu vou traduzir para você. Tenha atenção na animação que você vai assistir agora. Basta clicar no link abaixo 👇 Tradução :
Esta
é a múmia de um homem jovem chamado Herakleides. Ele morreu no Egito no
primeiro século antes de Dario, quando ele tinha por volta de 20 anos. A
mumificação foi desenvolvida pelos antigos egípcios para preservar o corpo após
a morte. Tipicamente, todos os órgãos internos eram removidos, com exceção do
coração. Mas neste caso, o coração foi removido e os pulmões foram deixados
intactos. Depois, o corpo era coberto de sal e deixado por 40 dias, até que
todo o líquido fosse eliminado. Óleos perfumados e resinas de plantas eram
colocados no corpo. Camadas espessas de resina eram aplicadas para colar as
tiras de linho que era enrolado ao redor do corpo. A múmia era colocada em uma
prancha de madeira e mais tiram os uniam. Uma bolsa misteriosa, talvez de
significado religioso era colocado no peito com um pássaro mumificado de bico
curvo para baixo era colocado no abdome. Pássaros mumificados eram comumente
servidos como ofertas para os deuses, mas este é um caso usual de um pássaro
sendo mumificado com o falecido. Longas tiras de linho eram colocadas para que ficasse
ainda mais seguro. Um retrato pintado era colocado sobre o rosto. Um longo pano
de linho era colocado em volta da múmia. A mortalha era pintada de vermelho ,
com um pigmento importado. Este tratamento é raro. Poucas múmias com mortalha
vermelha são conhecidas. Símbolos egípcios de proteção e renascimento eram
pintados com pigmentos e ouro. Finalmente Herakleides foi escrito nos pés, em
grego.
GLOSSÁRIO
derivado - que se origina de outro.
embalsamado - da técnica de preservação do cadáver.
posição fetal - posição do bebê dentro da mãe.
mortalha - tecido para envolver os mortos.
Refências Bibliográficas https://www.ancient.eu/article/44/mummification-in-ancient-egypt/ (acesso em 17|11|2020)
https://www.cairotoptours.com/Egypt-Travel-Guide/Egypt-Information-about-Egypt/Mummification-in-Ancient-Egypt (acesso em 17|11|2020)
Esta é a múmia de um homem jovem chamado Herakleides. Ele morreu no Egito no primeiro século antes de Dario, quando ele tinha por volta de 20 anos. A mumificação foi desenvolvida pelos antigos egípcios para preservar o corpo após a morte. Tipicamente, todos os órgãos internos eram removidos, com exceção do coração. Mas neste caso, o coração foi removido e os pulmões foram deixados intactos. Depois, o corpo era coberto de sal e deixado por 40 dias, até que todo o líquido fosse eliminado. Óleos perfumados e resinas de plantas eram colocados no corpo. Camadas espessas de resina eram aplicadas para colar as tiras de linho que era enrolado ao redor do corpo. A múmia era colocada em uma prancha de madeira e mais tiram os uniam. Uma bolsa misteriosa, talvez de significado religioso era colocado no peito com um pássaro mumificado de bico curvo para baixo era colocado no abdome. Pássaros mumificados eram comumente servidos como ofertas para os deuses, mas este é um caso usual de um pássaro sendo mumificado com o falecido. Longas tiras de linho eram colocadas para que ficasse ainda mais seguro. Um retrato pintado era colocado sobre o rosto. Um longo pano de linho era colocado em volta da múmia. A mortalha era pintada de vermelho , com um pigmento importado. Este tratamento é raro. Poucas múmias com mortalha vermelha são conhecidas. Símbolos egípcios de proteção e renascimento eram pintados com pigmentos e ouro. Finalmente Herakleides foi escrito nos pés, em grego.
➽AULA 14 - Arte no Antigo Egito
A Escrita Antiga Egípcia Postagem : 02 | 11|2020.
Enviar a foto da cópia do texto para o e-mail: moni3l@yahoo.com.br
À medida que o estado egípcio crescia em poder e
influência, e cada vez mais capaz de mobilizar projetos de grande escala, exigia
melhores métodos organização e de registros para administrar um estado cada vez
maior. Assim surgiram um conjunto de símbolos e sinais que eram cuidadosamente
desenhados e que além de decorarem paredes dos templos e interior das
pirâmides, também serviam para conduzir os negócios do dia-a-dia, como contagem
das sacas de cereais, do gado, além de auxiliarem estudos de matemática,
medicina e astronomia.
HIERÓGLIFOS Eram considerados pelos egípcios como “palavras dos deuses” e somente
os sacerdotes poderiam usá-la por serem consideradas a Escrita Sagrada. Durante
o Império do Meio, os egípcios começaram produzir parte dessa escrita que foi
preservada em pedra , argila e em papiro, (semelhante
ao papel, feito de fibra de junco). O papiro é muito frágil, mas devido ao
clima quente e seco do Egito, alguns documentos de papiro sobreviveram.
Durante séculos, os
historiadores acreditaram que os escritos encontrados nas tumbas egípcias eram
passagens de escrituras antigas. Mais tarde aprenderam a decifrar os hieróglifos
e descobriram que esses símbolos eram na verdade feitiços “mapas das estradas mágicas”
fornecidos aos mortos para navegar com segurança pela vida após a morte. Os Hieróglifos também foram usados para escrever o famoso Livro dos Mortos.
Hieróglifos
Hisróglifos
Hieróglifos
Horemheb e Anubis da tumba de Horemheb, com detalhes dos Hieróglifos
HIERÁTICA Era uma escrita
usada principalmente pelos sacerdotes no Reino Médio e uma versão simplificada
e mais cursiva dos hieróglifos originais, ou seja, uma versão dos hieróglifos,
só que de forma mais arredondada,
permitindo assim uma escrita rápida e era escrito da esquerda para a direita,
como nós fazemos nos nossos cadernos.
Escrita Hierática
DEMÓTICA (do grego, Demos = popular, o
povo) foi uma evolução posterior da escrita hierática, adotada durante o Período Posterior. A Demótica era uma forma muito rápida de escrita foi usada para
virtualmente todos os escritos durante os Períodos Ptolomaico e Romano e até
foi usada para inscrições em pedra. A introdução generalizada da escrita
demótica é geralmente datada de 700 aC e era preferida principalmente para
textos jurídicos, comerciais e literários. A escrita Demótica era sempre escrita da direita para a esquerda e visivelmente mais cursiva do que a Hierática, tendo pouca ou nenhuma semelhança com os símbolos
hieroglíficos originais.
Escrita Demótica
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://egyptianhieroglyphics.net/wp-content/uploads/2017/01/ancient_egyptian_demotic.jpg (Acesso em 01|11|2020)
https://discoveringegypt.com/egyptian-hieroglyphic-writing/egyptian-hieroglyphic-alphabet/ (Acesso em 01|11|2020)
https://www.osirisnet.net/tombes/pharaons/horemheb/e_horemheb_pharaon_01.htm (Acesso em 01|11|2020)
https://fineartamerica.com/featured/horemheb-and-anubis-from-the-tomb-of-horemheb-new-kingdom-wall-painting-egyptian-18th-dynasty.html (Acesso em 01|11|2020)
https://www.nationalgeographic.com/history/magazine/2016/01-02/egypt-book-of-the-dead/#/book-of-the-dead-opener.jpg (Acesso em 01|11|2020)
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 13 - Arte no Antigo Egito
Arquitetura - Templos Postagem : 19|10|2020
➽AULA 14 - Arte no Antigo Egito
A Escrita Antiga Egípcia Postagem : 02 | 11|2020.
Enviar a foto da cópia do texto para o e-mail: moni3l@yahoo.com.br
À medida que o estado egípcio crescia em poder e influência, e cada vez mais capaz de mobilizar projetos de grande escala, exigia melhores métodos organização e de registros para administrar um estado cada vez maior. Assim surgiram um conjunto de símbolos e sinais que eram cuidadosamente desenhados e que além de decorarem paredes dos templos e interior das pirâmides, também serviam para conduzir os negócios do dia-a-dia, como contagem das sacas de cereais, do gado, além de auxiliarem estudos de matemática, medicina e astronomia.
HIERÓGLIFOS Eram considerados pelos egípcios como “palavras dos deuses” e somente os sacerdotes poderiam usá-la por serem consideradas a Escrita Sagrada. Durante o Império do Meio, os egípcios começaram produzir parte dessa escrita que foi preservada em pedra , argila e em papiro, (semelhante ao papel, feito de fibra de junco). O papiro é muito frágil, mas devido ao clima quente e seco do Egito, alguns documentos de papiro sobreviveram.
Durante séculos, os historiadores acreditaram que os escritos encontrados nas tumbas egípcias eram passagens de escrituras antigas. Mais tarde aprenderam a decifrar os hieróglifos e descobriram que esses símbolos eram na verdade feitiços “mapas das estradas mágicas” fornecidos aos mortos para navegar com segurança pela vida após a morte. Os Hieróglifos também foram usados para escrever o famoso Livro dos Mortos.
Hieróglifos |
Hisróglifos |
Hieróglifos |
Horemheb e Anubis da tumba de Horemheb, com detalhes dos Hieróglifos |
HIERÁTICA Era uma escrita usada principalmente pelos sacerdotes no Reino Médio e uma versão simplificada e mais cursiva dos hieróglifos originais, ou seja, uma versão dos hieróglifos, só que de forma mais arredondada, permitindo assim uma escrita rápida e era escrito da esquerda para a direita, como nós fazemos nos nossos cadernos.
Escrita Hierática |
DEMÓTICA (do grego, Demos = popular, o povo) foi uma evolução posterior da escrita hierática, adotada durante o Período Posterior. A Demótica era uma forma muito rápida de escrita foi usada para virtualmente todos os escritos durante os Períodos Ptolomaico e Romano e até foi usada para inscrições em pedra. A introdução generalizada da escrita demótica é geralmente datada de 700 aC e era preferida principalmente para textos jurídicos, comerciais e literários. A escrita Demótica era sempre escrita da direita para a esquerda e visivelmente mais cursiva do que a Hierática, tendo pouca ou nenhuma semelhança com os símbolos hieroglíficos originais.
Escrita Demótica |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://egyptianhieroglyphics.net/wp-content/uploads/2017/01/ancient_egyptian_demotic.jpg (Acesso em 01|11|2020)
https://discoveringegypt.com/egyptian-hieroglyphic-writing/egyptian-hieroglyphic-alphabet/ (Acesso em 01|11|2020)
https://www.osirisnet.net/tombes/pharaons/horemheb/e_horemheb_pharaon_01.htm (Acesso em 01|11|2020)
https://fineartamerica.com/featured/horemheb-and-anubis-from-the-tomb-of-horemheb-new-kingdom-wall-painting-egyptian-18th-dynasty.html (Acesso em 01|11|2020)
https://www.nationalgeographic.com/history/magazine/2016/01-02/egypt-book-of-the-dead/#/book-of-the-dead-opener.jpg (Acesso em 01|11|2020)
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 13 - Arte no Antigo Egito
Arquitetura - Templos Postagem : 19|10|2020
Dois tipos principais de templo podem ser distinguidos - templos funerários ou mortuários e templos de culto. Os primeiros, nós já conhecemos pelos nomes de pirâmides e mastabas, e sabemos também que eram santuários para os cultos funerários dos reis mortos que vimos na aula passada. Já os templos de culto acomodaram as imagens de divindades, os recipientes do culto diário.
Em geral, o templo de culto egípcio do Reino Antigo se devia principalmente ao culto do deus sol Rá na antiga Heliópolis, que provavelmente tinha um telhado aberto para a adoração de Rá, o deus sol.
Os templos de culto atingiram o auge de suas construções ao longo de muitos séculos em Tebas. Arquitetonicamente o mais satisfatório é o Templo de Luxor, iniciado por Amenhotep III, faraó da 18ª dinastia. O projeto original consiste em um imponente pátio aberto com colunatas de graciosas colunas de lótus, um salão de oferendas menor, um santuário para o barco cerimonial do deus, um santuário interno para a imagem de culto. O templo ainda possui enormes colunas com capitéis de flores de papiro abertos.
Complexo de Templos em Luxor
Complexo de Templos em Karnak
Templo da deusa Ísis em Philae, com o detalhe do grande pilono
Localizado às margens do imponente Rio Nilo, o Templo de Philae é um dos poucos que foi dedicado a uma divindade feminina e por isso recebeu características bem diferentes de outros santuários. O mais impressionante, no entanto, são as colunas que mesclam os estilos arquitetônicos egípcios e gregos, já que foram construídas a mando do faraó Ptolomeu II, de linhagem grega. Antigamente, todas as paredes eram decoradas e coloridas, e algumas ainda possuem marcas de tinta,e onde é possível perceber os detalhes dos hieróglifos.
Templo da deusa Ísis em Philae, vista lateral
AS COLUNAS DOS TEMPLOS
Você deve ter percebido que os templos foram construídos com uma técnica de arquitetura muito robusta, austera e forte. Notou bem nas colunas? Viu como são grandiosas e que estão lá até os dias de hoje porque foram construídas com muita rigidez? Pois então agora chegou a hora de conhecermos as colunas dos templos egípcios e quais elementos influenciaram seus detalhes.
Algumas colunas de templos são classificadas quanto à sua forma.
Colunas com capitéis com formato papiriforme
Coluna com capitel Lotiforme
Lotiforme
Lotiforme
Palmiforme
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.gpsmycity.com/blog/visiting-edfu-and-luxor-temple-5931.html
https://www.amochilaeomundo.com/2014/09/egito-philae-ilha-templo-isis.html
https://fadybola.wordpress.com/2012/06/10/ms-iberotel-jaz-legacy-nile-cruise-ship-to-aswan-from-luxor/
https://www.britannica.com/art/Egyptian-art/Temple-architecture
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 12 - Arte no Antigo Egito
Arquitetura - Pirâmides Postagem : 05 | 10|2020.
Dois tipos principais de templo podem ser distinguidos - templos funerários ou mortuários e templos de culto. Os primeiros, nós já conhecemos pelos nomes de pirâmides e mastabas, e sabemos também que eram santuários para os cultos funerários dos reis mortos que vimos na aula passada. Já os templos de culto acomodaram as imagens de divindades, os recipientes do culto diário.
Em geral, o templo de culto egípcio do Reino Antigo se devia principalmente ao culto do deus sol Rá na antiga Heliópolis, que provavelmente tinha um telhado aberto para a adoração de Rá, o deus sol.
Os templos de culto atingiram o auge de suas construções ao longo de muitos séculos em Tebas. Arquitetonicamente o mais satisfatório é o Templo de Luxor, iniciado por Amenhotep III, faraó da 18ª dinastia. O projeto original consiste em um imponente pátio aberto com colunatas de graciosas colunas de lótus, um salão de oferendas menor, um santuário para o barco cerimonial do deus, um santuário interno para a imagem de culto. O templo ainda possui enormes colunas com capitéis de flores de papiro abertos.
Complexo de Templos em Luxor
Complexo de Templos em Karnak |
Templo da deusa Ísis em Philae, com o detalhe do grande pilono | |
Localizado às margens do imponente Rio Nilo, o Templo de Philae é um dos poucos que foi dedicado a uma divindade feminina e por isso recebeu características bem diferentes de outros santuários. O mais impressionante, no entanto, são as colunas que mesclam os estilos arquitetônicos egípcios e gregos, já que foram construídas a mando do faraó Ptolomeu II, de linhagem grega. Antigamente, todas as paredes eram decoradas e coloridas, e algumas ainda possuem marcas de tinta,e onde é possível perceber os detalhes dos hieróglifos.
Templo da deusa Ísis em Philae, vista lateral
AS COLUNAS DOS TEMPLOS
Você deve ter percebido que os templos foram construídos com uma técnica de arquitetura muito robusta, austera e forte. Notou bem nas colunas? Viu como são grandiosas e que estão lá até os dias de hoje porque foram construídas com muita rigidez? Pois então agora chegou a hora de conhecermos as colunas dos templos egípcios e quais elementos influenciaram seus detalhes.
Algumas colunas de templos são classificadas quanto à sua forma.
Colunas com capitéis com formato papiriforme
Coluna com capitel Lotiforme
Lotiforme |
Lotiforme |
Palmiforme |
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.gpsmycity.com/blog/visiting-edfu-and-luxor-temple-5931.html
https://www.amochilaeomundo.com/2014/09/egito-philae-ilha-templo-isis.html
https://fadybola.wordpress.com/2012/06/10/ms-iberotel-jaz-legacy-nile-cruise-ship-to-aswan-from-luxor/
https://www.britannica.com/art/Egyptian-art/Temple-architecture
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 12 - Arte no Antigo Egito
Arquitetura - Pirâmides Postagem : 05 | 10|2020.
Você sabe dizer qual a função das pirâmides? A quem servia? Por que tão altas?
Vamos conhecer um pouco mais dessas construções opulentas e austeras, mas sem muita complexidade. Verificamos que as técnicas de construções dos monumentos egípcios eram de um conhecimento grandioso em matemática e geometria.
As primeiras pirâmides
Mastaba
Desde o início da Era Dinástica (2950 a.C.), os túmulos reais foram esculpidos na rocha e cobertos com estruturas retangulares de teto plano conhecidas como mastabas, que eram as precursoras das pirâmides, ou seja, vieram primeiro que as pirâmides.
A morte era uma obsessão durante o Reino Antigo. Toda a arte desse período gira em torno desse tema. Ao longo da margem direita do Nilo, perto da antiga cidade de Mênfis, os antigos egípcios construíram uma das maiores necrópoles da capital do Baixo Egito. Essas tumbas são as mastabas. A tumba de mastaba era uma espécie de câmara acessível apenas por uma porta única que se supunha ser habitada pelo espectro do falecido, que se reproduzia na parede por pinturas ou esculturas em relevo.
Além desta primeira câmara, a mastaba possuía uma segunda câmara subterrânea cujo acesso ficava oculto nas paredes. Esta segunda câmara era o local de descanso da múmia. Todas as pessoas eram enterradas na necrópole de Mênfis, os pobres foram enterrados na areia onde milhares de múmias sobrepostas podiam ser encontradas, os grandes cidadãos e mais ricos foram enterrados em mastabas e os Faraós foram enterrados em suas tumbas colossais em pirâmide. Nas câmaras mortuárias das mastabas é comum encontrar as paredes recobertas de relevos policromados que representavam cenas da vida do falecido.
Pirâmide de Djoser, em Saqquara
Construída em Saqqara há cerca de 4.700 anos, a Pirâmide Escalonada de Djoser, foi a primeira pirâmide construída pelos egípcios e dedicada a Djoser, um rei da terceira dinastia do Egito.
A pirâmide, que foi um projeto de Imhotep, começou como uma tumba de mastaba e, por meio de uma série de expansões, evoluiu para uma pirâmide de 60 metros de altura, com seis camadas, uma construída em cima da outra . A pirâmide foi construída de pedra e argila. Possui túneis abaixo que formam um labirinto com cerca de 5,5 quilômetros de comprimento.
E a função das pirâmides era guardar o corpo do Faraó, após sua morte, bem como de seus pertences que ele teve em vida. Isso mesmo, toda essa grandeza para abrigar o corpo de um único rei. Jóias, tecidos e objetos pessoais eram guardados em câmaras internas na pirâmide juntamente com seu sarcófago e até os seus órgãos, mas estes são assuntos para uma próxima aula, quando falarmos de mumificação e vasos canópicos.
Glossário
mastabas - espécie de tumba mais baixa com formato trapezoidal
necrópoli - cidade para os mortes
espectro - fantasma
policromados - com muitas cores
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.livescience.com/23050-step-pyramid-djoser.html
https://arsartisticadventureofmankind.wordpress.com/tag/mastaba/
https://arsartisticadventureofmankind.wordpress.com/2013/02/19/art-of-ancient-egypt-predynastic-4210-bc-2680-bc-and-old-kingdom-2680-bc-2258-bc-periods-part-iii/
Você sabe dizer qual a função das pirâmides? A quem servia? Por que tão altas?
Vamos conhecer um pouco mais dessas construções opulentas e austeras, mas sem muita complexidade. Verificamos que as técnicas de construções dos monumentos egípcios eram de um conhecimento grandioso em matemática e geometria.
As primeiras pirâmides
Vamos conhecer um pouco mais dessas construções opulentas e austeras, mas sem muita complexidade. Verificamos que as técnicas de construções dos monumentos egípcios eram de um conhecimento grandioso em matemática e geometria.
Mastaba
Desde o início da Era Dinástica (2950 a.C.), os túmulos reais foram esculpidos na rocha e cobertos com estruturas retangulares de teto plano conhecidas como mastabas, que eram as precursoras das pirâmides, ou seja, vieram primeiro que as pirâmides.
A morte era uma obsessão durante o Reino Antigo. Toda a arte desse período gira em torno desse tema. Ao longo da margem direita do Nilo, perto da antiga cidade de Mênfis, os antigos egípcios construíram uma das maiores necrópoles da capital do Baixo Egito. Essas tumbas são as mastabas. A tumba de mastaba era uma espécie de câmara acessível apenas por uma porta única que se supunha ser habitada pelo espectro do falecido, que se reproduzia na parede por pinturas ou esculturas em relevo.
Além desta primeira câmara, a mastaba possuía uma segunda câmara subterrânea cujo acesso ficava oculto nas paredes. Esta segunda câmara era o local de descanso da múmia. Todas as pessoas eram enterradas na necrópole de Mênfis, os pobres foram enterrados na areia onde milhares de múmias sobrepostas podiam ser encontradas, os grandes cidadãos e mais ricos foram enterrados em mastabas e os Faraós foram enterrados em suas tumbas colossais em pirâmide. Nas câmaras mortuárias das mastabas é comum encontrar as paredes recobertas de relevos policromados que representavam cenas da vida do falecido.
A morte era uma obsessão durante o Reino Antigo. Toda a arte desse período gira em torno desse tema. Ao longo da margem direita do Nilo, perto da antiga cidade de Mênfis, os antigos egípcios construíram uma das maiores necrópoles da capital do Baixo Egito. Essas tumbas são as mastabas. A tumba de mastaba era uma espécie de câmara acessível apenas por uma porta única que se supunha ser habitada pelo espectro do falecido, que se reproduzia na parede por pinturas ou esculturas em relevo.
Além desta primeira câmara, a mastaba possuía uma segunda câmara subterrânea cujo acesso ficava oculto nas paredes. Esta segunda câmara era o local de descanso da múmia. Todas as pessoas eram enterradas na necrópole de Mênfis, os pobres foram enterrados na areia onde milhares de múmias sobrepostas podiam ser encontradas, os grandes cidadãos e mais ricos foram enterrados em mastabas e os Faraós foram enterrados em suas tumbas colossais em pirâmide. Nas câmaras mortuárias das mastabas é comum encontrar as paredes recobertas de relevos policromados que representavam cenas da vida do falecido.
Pirâmide de Djoser, em Saqquara
Construída em Saqqara há cerca de 4.700 anos, a Pirâmide Escalonada de Djoser, foi a primeira pirâmide construída pelos egípcios e dedicada a Djoser, um rei da terceira dinastia do Egito.
A pirâmide, que foi um projeto de Imhotep, começou como uma tumba de mastaba e, por meio de uma série de expansões, evoluiu para uma pirâmide de 60 metros de altura, com seis camadas, uma construída em cima da outra . A pirâmide foi construída de pedra e argila. Possui túneis abaixo que formam um labirinto com cerca de 5,5 quilômetros de comprimento.
E a função das pirâmides era guardar o corpo do Faraó, após sua morte, bem como de seus pertences que ele teve em vida. Isso mesmo, toda essa grandeza para abrigar o corpo de um único rei. Jóias, tecidos e objetos pessoais eram guardados em câmaras internas na pirâmide juntamente com seu sarcófago e até os seus órgãos, mas estes são assuntos para uma próxima aula, quando falarmos de mumificação e vasos canópicos.
Glossário
mastabas - espécie de tumba mais baixa com formato trapezoidal
necrópoli - cidade para os mortes
espectro - fantasma
policromados - com muitas cores
Construída em Saqqara há cerca de 4.700 anos, a Pirâmide Escalonada de Djoser, foi a primeira pirâmide construída pelos egípcios e dedicada a Djoser, um rei da terceira dinastia do Egito.
A pirâmide, que foi um projeto de Imhotep, começou como uma tumba de mastaba e, por meio de uma série de expansões, evoluiu para uma pirâmide de 60 metros de altura, com seis camadas, uma construída em cima da outra . A pirâmide foi construída de pedra e argila. Possui túneis abaixo que formam um labirinto com cerca de 5,5 quilômetros de comprimento.
E a função das pirâmides era guardar o corpo do Faraó, após sua morte, bem como de seus pertences que ele teve em vida. Isso mesmo, toda essa grandeza para abrigar o corpo de um único rei. Jóias, tecidos e objetos pessoais eram guardados em câmaras internas na pirâmide juntamente com seu sarcófago e até os seus órgãos, mas estes são assuntos para uma próxima aula, quando falarmos de mumificação e vasos canópicos.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.livescience.com/23050-step-pyramid-djoser.html
https://arsartisticadventureofmankind.wordpress.com/tag/mastaba/
https://arsartisticadventureofmankind.wordpress.com/2013/02/19/art-of-ancient-egypt-predynastic-4210-bc-2680-bc-and-old-kingdom-2680-bc-2258-bc-periods-part-iii/
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 11 - Arte no Antigo Egito
Arte para a Eternidade Postagem em 21|09|2020.
Todos nó sabemos que o Egito é a terra das pirâmides. Essas gigantes de pedra erguem-se ao longo de uma história misteriosa de reis e rainhas , faraós e deuses, e são marcos desgastados pelas erosões da natureza e o tempo, mas resistem ao tempo com toda a sua imponência, provando a sua existência desde o passado.
Pirâmides de Giza
Por mais remotas e misteriosas que pareçam, elas
nos revelam muito da sua história. Falam-nos de uma
terra que estava tão perfeitamente organizada, que
foi capaz de empilhar esses gigantes durante a vida
de um monarca. Reis tão poderosos e ricos que
puderam forçar milhares e milhares de trabalhadores
ou escravos a labutar para eles.
Mas será mesmo que algum povo teria suportado
tamanha opressão, dificuldade e sacrifício para
erguer uma pirâmide, somente pelo fato de serem
obrigados? Essa pergunta ainda é motivo de
discussão entre os estudiosos.
Arqueólogos e egiptólogos acreditam na possibilidade
dos escravos terem construído as pirâmides pelo
amor e devoção ao seu Faraó.
Vamos conhecer um pouco mais dessa encantadora
história de uma poderosa civilização do Mundo Antigo
e suas formas artísticas, vem comigo!!!
Localização
Rio Nilo
Antes de mais nada precisamos saber onde é o palco da nossa história. O Egito encontra-se no norte do Continente Africano e ainda preserva muito de seu passado, inclusive o grande Rio Nilo.Ele começa no coração da África, desde Uganda e viaja em direção do norte cerca de 6.600 quilômetros e deságua no Mar Mediterrâneo, tornando-o um dos maiores rios do mundo. Duas imagens abaixo nos dão uma boa noção do tamanho do Nilo. A da esquerda é um mapa onde essa linha azul mais escura esquematiza de onde ele nasce e para onde vai. A da direita é uma imagem da NASA, em que o satélite registrou só a parte egípcia do Nilo.
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 11 - Arte no Antigo Egito
Arte para a Eternidade Postagem em 21|09|2020.
Todos nó sabemos que o Egito é a terra das pirâmides. Essas gigantes de pedra erguem-se ao longo de uma história misteriosa de reis e rainhas , faraós e deuses, e são marcos desgastados pelas erosões da natureza e o tempo, mas resistem ao tempo com toda a sua imponência, provando a sua existência desde o passado.
Pirâmides de Giza
Por mais remotas e misteriosas que pareçam, elas
nos revelam muito da sua história. Falam-nos de uma
terra que estava tão perfeitamente organizada, que
foi capaz de empilhar esses gigantes durante a vida
de um monarca. Reis tão poderosos e ricos que
puderam forçar milhares e milhares de trabalhadores
ou escravos a labutar para eles.
Mas será mesmo que algum povo teria suportado
tamanha opressão, dificuldade e sacrifício para
erguer uma pirâmide, somente pelo fato de serem
obrigados? Essa pergunta ainda é motivo de
discussão entre os estudiosos.
Arqueólogos e egiptólogos acreditam na possibilidade
dos escravos terem construído as pirâmides pelo
amor e devoção ao seu Faraó.
Vamos conhecer um pouco mais dessa encantadora
história de uma poderosa civilização do Mundo Antigo
e suas formas artísticas, vem comigo!!!
Todos nó sabemos que o Egito é a terra das pirâmides. Essas gigantes de pedra erguem-se ao longo de uma história misteriosa de reis e rainhas , faraós e deuses, e são marcos desgastados pelas erosões da natureza e o tempo, mas resistem ao tempo com toda a sua imponência, provando a sua existência desde o passado.
Localização
Rio Nilo |
Antes de mais nada precisamos saber onde é o palco da nossa história. O Egito encontra-se no norte do Continente Africano e ainda preserva muito de seu passado, inclusive o grande Rio Nilo.Ele começa no coração da África, desde Uganda e viaja em direção do norte cerca de 6.600 quilômetros e deságua no Mar Mediterrâneo, tornando-o um dos maiores rios do mundo. Duas imagens abaixo nos dão uma boa noção do tamanho do Nilo. A da esquerda é um mapa onde essa linha azul mais escura esquematiza de onde ele nasce e para onde vai. A da direita é uma imagem da NASA, em que o satélite registrou só a parte egípcia do Nilo.
O Rio Nilo foi fundamental para o desenvolvimento do Antigo Egito, proporcionando terras férteis às suas margens (dois lados do rio) para o povo que ali vivia. O solo do delta do Rio Nilo próximo ao mar Mediterrâneo é rico em nutrientes, devido aos grandes depósitos de sedimentos que o Nilo deixa para trás quando deságua no mar. As margens do Nilo, ao longo de sua vasta extensão, também contêm solo rico, graças às inundações anuais que depositam sedimentos. Mas fora deste espaço, o grande deserto árido faz contraste com as margens verdejantes do Rio Nilo. O que quero dizer, é que uma civilização se estabeleceu ali por milhares de anos por causa do poder de fertilidade do Rio Nilo. Ali, o povo podia plantar, colher e criar seu gado. Em nossas próximas aulas iremos analisar o Antigo Egito sob aspectos artísticos, aprendendo sobre:
1. ARQUITETURA - Pirâmides e Templos
2. HIERÓGLIFOS - A Escrita Sagrada
3. MITOLOGIA - Deuses e Faraós
4. MUMIFICAÇÃO - A Antiga Medicina
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/nile-river/
https://www.history.com/topics/ancient-history/the-egyptian-pyramids
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/nile-river/
https://www.history.com/topics/ancient-history/the-egyptian-pyramids
HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 10 - Arte na Pré-História
Mãos em negativo, os
primeiros grafites da história
Postagem: 31|08|2020.
A mão humana
constitui um dos temas mais antigos da arte humana. Exemplos de imagens em
negativo e de mãos pré-históricas foram encontrados, são chamados de Mãos em
Negativo. Isso porque as impressões das mãos foram feitas colocando a mão
contra uma superfície e soprando tinta em torno da mão. Vários exemplares das mãos em negativo foram
encontrados em contextos pré-históricos na América Latina, Saara, Indonésia,
Austrália e Tasmânia, em muitos casos datando de vários milhares de anos.
Para a pintura dos
estênceis (moldes), credita-se que o homem da pré-história utilizava uma
tinta fluida de cor preta originada do manganês; e a cor vermelho ocre originada da
hematita.
A maioria desses
estênceis foram encontrados aglomerados em certas áreas de cavernas profundas. Podemos
imaginar as mãos pré-históricas feitas sobre uma pedra cintilante no fundo da
caverna, tornadas mais misteriosas pela luz bruxuleante (trêmula,
oscilante, fraca) das pequenas lâmpadas de gordura animal usadas pelos artistas
paleolíticos para explorar as cavernas profundas.
Estudiosos observaram
que para fazer aqueles moldes de mãos nas paredes das cavernas, o homem pré-histórico
soprava os pigmentos (tintas) através de tubos ocos, que revela a
criatividade e sofisticação do homem primitivo. Um canudo era usado para soprar
a tinta que criava um vácuo resultando num spray fino. A técnica é difícil de
dominar e resulta rapidamente em tonturas. Também produzia um zumbido alto e
estranho e também assobios. É fácil imaginar como o estranho e perigoso
ambiente de caverna profunda, desconforto, tontura e assobios combinados para
criar uma experiência mágica, e por esta razão os arqueólogos presumem que a
arte tinha um significado mágico ou ritual, em vez de ser simplesmente um
grafite paleolítico.
Os arqueólogos ainda se interessam em estênceis de mão porque "eles fornecem
uma conexão física direta com um artista pré-histórico que viveu há mais de 35.000 anos”,
disse a antropóloga Dra. Emma Nelson, líder do projeto do mais recente estudo
sobre este tipo de arte rupestre. Os estudos também podem determinar com mais de 90% de precisão, o sexo de alguém que viveu há dezenas
de milhares de anos, a partir da forma e do tamanho do contorno das mãos.
Além de imagens
pintadas de animais, que já conhecemos da aula anterior, e que foram fundamentais para a sobrevivência do homem pré-histórico, que destacam o cavalo selvagem, o bisão e gado
extinto, ao redor dessas pinturas, ainda são encontrados os traços de dedo que serpenteiam
nas argilas macias das paredes da caverna.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://historythings.com/archaeologists-found-way-discover-gender-ancient-rock-artists/ (acesso em 31|08|2020)
https://ideas.ted.com/what-the-mysterious-symbols-made-by-early-humans-can-teach-us-about-how-we-evolved/ (acesso em 31|08|2020)
https://ideas.ted.com/what-the-mysterious-symbols-made-by-early-humans-can-teach-us-about-how-we-evolved/(acesso em 31|08|2020)
https://mindfuldrawing.com/2017/09/21/prehistoric-hands-invite-and-confirm-communication-with-the-dead-by-paula-kuitenbrouwer/(acesso em 31|08|2020)
http://www.visual-arts-cork.com/prehistoric/hand-stencils-rock-art.htm (acesso em 31|08|2020)
https://www.dur.ac.uk/archaeology/research/projects/all/?mode=project&id=640(acesso em 31|08|2020)
https://en.wikipedia.org/wiki/Cave_painting(acesso em 31|08|2020)
.
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 9 - Arte na Pré-História
Postagem em 17|08|2020.
Olá, meus amiguinhos. Hoje vamos dar início a uma nova etapa da
História da Arte para nossas aulas. Convido vocês a imaginarem uma máquina do
tempo, e viajarmos juntos para um tempo muito antigo, um tempo tão antigo, onde
ainda não havia palavras, nem letras.
Você já ouviu falar de uma família dos desenhos animados, os Flintstones?
É isso mesmo, aquela família super engraçada dos desenhos animados que viveu na
Idade da Pedra!!! Tinha o Dino, um dinossauro que o Fred tratava como um bichinho
domesticado, e até um tigre-dente-de-sabres, que era como um gatinho para a
família Flintstone.
Mas é claro que o desenho animado é uma brincadeira a
respeito daquele período de uma maneira muito divertida. Se você gosta dessas
histórias, então eu vou te mostrar coisas muito bacanas da “Era das Cavernas”.
Da África para Outros Continentes
A maioria dos estudiosos concorda que o local de origem do ser
humano é a África. Eles se baseiam em descobertas de estudiosos que um dos
esqueletos mais antigos já conhecidos é um fóssil de uma mulher que vivei cerca
de 3,2 milhões de anos!!! É muito antigo!!! Essa descoberta foi celebrada pelos
cientistas que na mesma noite naquele acampamento, colocaram a música Lucy
in the Sky with Diamonds dos Beatles, e decidiram batizar o esqueleto de “Lucy”. A partir da África, outros aparecimentos arqueológicos dos primeiros
humanos espalharam-se pela Europa, Ásia e as Américas.
Aí vocês vão me perguntar, “professora, o que tem haver essa
história das cavernas com a arte?” Excelente pergunta. É que como eu disse a
vocês, naquele período o homem ainda não falava como nos falamos nos dias de
hoje, imagina escrever? Mas ele já desenhava!!! “Serio?” Muito sério e vamos
classificar esse modelo de Arte Rupestre.
A Arte Rupestre é a mais antiga representação artística da
história do homem. São pinturas feitas nas rochas, no interior das cavernas. Ali,
eram registradas cenas do dia a dia, das caças, dos animais. etc... Os estudiosos
observaram a complexidade e da beleza de dessas representações, então entenderam
que essas manifestações deveriam significar que os homens pré-históricos, há
pelo menos 30 ou 40 mil anos possuíam uma capacidade simbólica, intelectual e
artística semelhante ao homem moderno.
Essas pinturas e desenhos gravados em paredes e tetos das
cavernas demonstravam que o homem pré-histórico já sentia a necessidade de se
expressar através das artes, algo inato do ser humano. Elas eram feitas nas cavernas e eram de grandes animais selvagens, na
tentativa de tentar reproduzir as caçadas da forma mais real possível. Havia também muita delicadeza em algumas partes dos desenhos, repare os chifres desse bisão , ele é enorme e forte, mas seus chifres parecem flutuar no vento.
Mas que tipo de material esse homem da Pré-História usava para fazer seus desenhos?
As pinturas rupestres geralmente representavam temas como as
caçadas, os animais, o dia a dia e a família. Mas você saberia dizer por quê os homens pré-históricos faziam
as suas representações no mais profundo das cavernas? Essa resposta ainda
permanece como dúvida para muitos estudiosos e arqueólogos. Para alguns, o fato
de desenharem no mais profundo das cavernas, estaria ligado à proteção de suas
famílias, já que naquela época ter uma caverna era algo muito importante para a
proteção das famílias e se desenhassem do lado de fora, outros grupos poderiam tentar
invadir aquela caverna, então todo cuidado era pouco. Outros acreditam que o
fato de desenharem bisões, animais imensos e cenas de caças dentro das
cavernas, seria uma forma prender a alma do animal e consequentemente enfraquecê-lo
para conseguir captura-lo numa caçada.
Lascoux, na França é uma das maiores cavernas catalogadas com riqueza de representações em seu teto e paredes
Ao descobrir uma gruta repleta de registros rupestres, marcas de
palmas de mão, animais pré-históricos – cavalos, bisões, ursos, leões - Jean
Clottes um pré-historiador, recomendou ao governo francês que a gruta de
Chauvet fosse interditada para visitação, pois com o tempo o gás carbônico
expirado pelos visitantes contribuiu para o surgimento de algas e fungos que
ameaçam a conservação das pinturas. A França então decidiu construir uma réplica parcial da caverna verdadeira
para visitação. Na imagem acima, a gruta sendo construida e pintada igual a original.
Fontes Bibliográficas
Parkington,
John. "Symbolism in Palaeolithic Cave Art". In: The South African
Archaeological Bulletin, 1969; 24 (93) .
Lewis-Williams,
David et al. "Review Feature: A review of The Mind in the Cave:
Consciousness and the Origins of Art by David Lewis-Williams. London:
Thames & Hudson, 2002. ISBN 0-500-05117-8 hardback £18.95 &
US$29.95; 320 pp., 66 figs., 29 colour plates". In: Cambridge
Archaeological Journal,2003; 13 (02):263-279
Wachtel,
Edward. "The First Picture Show: Cinematic Aspects of Cave Art". In: Leonardo,
1993; 26 (2):135-140.
Clottes, Jean & Lewis-Williams, David. "Upper
Palaeolithic Cave Art: French and South African Collaboration". In: Cambridge
Archaeological Journal, 1996; 6 (01):137-139 Boulos Júnior, Alfred. História sociedade & cidadania: 6 ano: ensino fundamental: anos finais . 4 ed. - São Paulo:FTD, 2018
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 8 -
Estudo do Abstracionismo nas obras de JOAN MIRÓ Postagem:04|08|2020 .
Nós já aprendemos que Abstração significa literalmente
o distanciamento de uma ideia da realidade física. Em artes visuais, isso
significa que podemos imaginar algo que ainda não existe para ser representando,
e representar algo que existe de maneira muito diferente da verdadeira. Podemos
representar tudo de maneira não literal, a partir de uma única referência.
Aprendemos que ao usar
linhas, formas geométricas, muitas cores e um jeito diferente para usar os
pincéis para obter um efeito desejado na composição , estaremos criando uma obra não representativa que é também
chamada de arte abstrata,
Pois bem, Joan Miró i Ferrà, (1893 -
1983) foi um pintor, escultor e ceramista espanhol nascido em Barcelona, que ganhou
reconhecimento internacional e seu trabalho foi interpretado como surrealismo,
mas com um estilo pessoal, às vezes também voltando-se para o fauvismo e o
expressionismo. Ele era notável por seu interesse na mente inconsciente ou
subconsciente, refletida em sua recriação do infantil. Suas obras também falavam
do orgulho do seu povo, de sua terra. Miró não gostava muito dos métodos
convencionais de pintar, como os pintores mais antigos faziam. Ele era um
revolucionário!
Ouro do Firmamento,1967 - Joan Miró
A belíssima tela acima, que se chama Ouro do Firmamento
vai ser retratada com uma historinha bem bacana que eu escolhi pra vocês. É a
historinha de uma menininha que era levada, muito esperta e gostava de artes.
Juntos vamos nos surpreender com as obras do pintor Joán Miró no mundo da Mari. Ela era uma criança muito esperta, dessas de olhos
grandes e bem atentos. Gostava de cores e dos movimentos, e de imaginar que
tudo o que ela queria, pudesse acontecer. Quando a professora apresentou pela
primeira vez a obra “O Ouro do Firmamemto, de Joan Miró no projetor, Mari
disparou feito um foguete de trancinhas olhando para a tela.
- Eu posso fazer uma perguntinha?
- Pode, Mari, o que é?
- A senhora acha mesmo que eu pareço um foguete de
trancinhas?
-Acho sim. Você corre, pula, grita e vem com esse
sorrisão que mais perece um feixe de luz.
- Feixe?
- É, assim como se fosse um montão!
O dia que Mari viu o quadro do Miró percebeu na hora: É
igual aquele do “Roamiró” que a professora mostrou na aula outro dia!! Mas
é ele mesmo!!! Espera aí... a professora disse que em espanhol o som do J é
igual ao RR juntos... então tá certo, é isso mesmo!!! Joan Miró! Que engraçado,
aprendi!
Os alunos todos ficaram olhando para a tela grande ,
amarela com uma bolona azul no meio. “Que estranho” ... pensou Mari. O colega
Felipe gritou dizendo que era uma boca no céu. A Nathália respondeu que não
poderia ser uma boca, porque o céu não tem boca e disse que aquilo era um sol
azul. Mari ficou olhando, achando cada vez mais estranho e menos sentido fazia.
Aquele monte de desenhos, estrela preta, pontinho verde no alto, e Mari cada
vez mais perto do quadro, mais perto, mais perto...a mente de Mari viajou.
- Ei! Vai sujar o nariz!
- Quem é que tá falando? – Perguntou Mari, olhando
para a cara do Felipe, porque ele sempre fazia gracinhas na sala. Era o
pontinho verde falando.
- Ué, como você fala se não tem boca?
- E como você entrou aqui, se não é uma pintura? –
Falou o pontinho verde.
- Eu respiro, ando e falo. Estou viva! A pergunta é:
como vocês estão vivos se são só pintados?
- Nós estamos vivos desde que fomos criados.
A Bolona Azul se desprendeu e falou: - Isso é um
mistério que poucas pessoas conseguem compreender, precisa ter o olho esperto,
atento e quase mágico. Mari colocou a Bolona Azul de novo no quadro.
- Mas a senhora então pode nos explicar o que é
afinal? – Perguntou Mari.
- Quando meu mestre me pintou, ele pensou que nós todos
deveríamos existir, falou a Bolona Azul. – Quando Miró nos pintou ele estava
expressando tudo o que ele havia imaginado antes.
- Mas o que ele estaria pensando então, quando te fez?
- Essa é a melhor parte: A mágica da obra de arte é
que cada um entende de uma maneira diferente. Por exemplo, você garotinha, o
que você sente quando olha para nós?
-Eu sinto vontade de sorrir, fico feliz! Mas vocês
são bem esquisitos, hein!
- Você também é muito esquisita. O que são essas
coisas penduradas na sua cabeça?
- São trancinhas do meu cabelo, e eu gosto muito. Quando
eu solto, meu cabelo, tiro as trancinhas, ele fica desse tamanho, igual a você,
só que preto.
Daqui a pouco Mari ouviu uma voz lá longe, e acordou
da sua viagem imaginária de fantasia; de poder conversar com os elementos da
obra de Miró. Era a professora chamando Mari para ter atenção de volta a aula.
Ela acordara de um pequeno sonho que tivera no meio da aula.
Mari desejou que pudesse voltar a viver naquele quadro
e continuar a sua viagem dentro da obra de Miró. Ela agora sabia que podia
criar qualquer coisa que estivesse dentro da sua imaginação, e todas as vezes
que quisesse lembrar da sua aventura fantástica, podia desenhar, pintar, criar ou
colorir para viajar em seus sonhos.
Voo do Pássaro ao Luar, 1967 - Miró
Como você imagina essa obra? Observe a obra e analise
quais os elementos que ela possui. Olhe o título da obra e depois tente
imaginar o que cada coisa parece ser.
Tres Mulheres, 1960 - Miró
A obra “Três Mulheres” foi feita um ano após a crise
econômica que atingiu e impressionou o Miró. Já percebeu como as cores são mais
tristes e mais nebulosas? E por que os modelos estariam tão desfigurados e
emagrecidos?
O Vôo da Libélula em Frente ao Sol, 1968 - Miró
Suspensos em campo aberto com cores muito vibrantes e
luminosas, o disco solar, se destaca na imensidão do azul. Em O Vôo da
Libélula em Frente ao Sol, uma linha é suficiente para representar o vôo da
libélula, quase imperceptível antes da imensidão do Sol, mas tão importante
quanto o próprio sol aos olhos do pintor.
Referências
Bibliográficas:
Caroline Lopes, Vivian,
Arte é Infância: apoio didático, 1 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2014. (adaptação)
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 7 -
Estudo do Abstracionismo nas obras de PAUL KLEE Postagem:09|07|2020 .
PAUL KLEE (1879 – 1940),
viveu em uma família de músicos. Seu pai, Hans Klee, estudou canto, piano, órgão
e violino. Com 7 anos Paul Klee aprendeu a tocar violino e, aos 11 anos
tornou-se membro honorário da orquestra dos concertos em Berna, na suíça. Ele
também desenhava e gostava de escrever.
As pinturas de Klee são sempre relacionadas à musicalidade; o mais
curioso é que como músico, sempre foi muito fiel às tradições, mas como pintor,
ele era radical , igual a você nos dias de hoje, Klee gostava mesmo era de um
desafio nos desenhos! Em 1911 conheceu Kandinsky
e ficaram amigos.
Um dia, Paul Klee viajou
para a Tunísia, um país que fica na África e como ele gostava muito de escrever
em seu diário sobre tudo o que acontecia, relatou muitas coisas desse lugar e
também fez muitos desenhos e pinturas sobre esta terra tão distante da sua. Foi
nessa viagem que Klee teve inspiração e encontrou seus caminhos mais criativos.
Ele se encantou com as cores daquele lugar, eram tantas cores...
“Fiquei possuído pela cor,
e não preciso ir à procura dela. Ela possui-me para sempre... Eis o momento
feliz: a cor e eu somos um. Eu sou pintor”
– disse Paul Klee.
Decididamente aquela
viagem foi marcante na vida de Klee. Como ele era radical para pintar, ele aprendeu
a usar métodos muito diferentes dos outros pintores. Ele sempre usava aquarela,
tinta preta, tinta óleo, rascunhos, recortes, vernizes, carimbos. Ele misturava
tinta óleo com aquarela, por exemplo, ou aquarela com caneta e tinta indiana em
uma só obra. Geralmente usava tela, como suporte de suas pinturas, musselina
(tecido bem levinho e transparente), linho, gaze, papel-cartão, papel jornal e
outras coisas diferentes também. Muito ousado, você não acha?
Pois é. Essa variedade e
busca por novidades fez com que a paleta de cores de Klee fosse da monocromia (que é quando se trabalha com uma única cor)
até a policromia (quando se trabalha com
todas as cores). Paul Klee gosta muito de trabalhar com formas
geométricas, as letras, setas, figuras
de animais e de pessoas que receberam um tipo de tratamento mais primitivo e
bem simplificado em suas obras.
Na pintura de Klee,
podemos notar a presença de elementos que são encontrados na música, poesia,
sonhos e até palavras. Paul Klee foi professor em 1919 na Bauhaus, uma escola
de artes e design e arquitetura da Alemanha.
Paul Klee faleceu em
1940, na Suiça, vítima de uma doença e deixou suas obras que nos lembram parte
de nossa infância, alegria de viver, além de seus humores e crenças pessoais e sua musicalidade. Vamos agora conhecer um pouquinho dos trabalhos desse grande mestre do Abstracionismo que sempre encanta as crianças com suas obras?
Nascer da Lua, 1915 - Paul Klee - Aquarela e lápis sobre papel cartão
"Nascer da
Lua" nos revela uma noite bem iluminada, onde a rainha do céu aparece e
ilumina tudo. Mas note uma coisa: você não acha que essas cores parecem ser
feitas de água? Pois é. É o efeito da aquarela, uma tinta muito delicada e
translúcida (transparente).
Vista de Kairouan , 1914 - Paul Klee - Aquarela e lápis sobre papel cartão
Diante das Portas de Kairouan, 1914 - Aquarela sobre papel cartão
Kairouan... que nome esquisito! Que lugar
é esse? É aqui no Brasil? Não mesmo, meus amiguinhos!! Kairouan fica na
Tunísia, o país africano, o qual lhes
falei, e lugar de viagem de Paul Klee. Lá ele teve suas inspirações sobre as
cores a partir do que via de tão colorido pela cidade. Se olharmos bem, o
camelinho mais marrom claro da segunda pintura, assim como os castelos, as
areias do deserto e tudo mais, vamos entender que lugar é esse. Uma cidade que
mais parece com o Oriente.
Abóbadas Vermelhas e Brancas, 1914 - Paul Klee
Nos portões do antigo bairro islâmico da cidade
sagrada muçulmana de Kairouan, Klee observou em seu diário que espetáculo das
cores o possuía, "a cor e eu somos um".Kairouan era uma cidade repleta de arquitetura islâmica e dos becos da
medina. Nela ele descobriu as portas, cúpulas e janelas decoradas
que juntamente com as formas e cores frescas, ajudariam a diferenciar essas
ofertas tunisinas de sua produção europeia.
Jardins da Tunísia, 1919, Paul Klee - Aquarela e tinta sobre papel cartão
Referências
Bibliográficas:
Caroline
Lopes, Vivian, Arte é Infância: apoio didático, 1 ed. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2014.
medium.com/@chrisjones_32882/paul-klees-tunisia-trip-bdadabf902e5
https://www.lastampa.it/topnews/tempi-moderni/2018/08/04/news/paul-klee-un-genio-in-tunisia-1.36625481
https://artsandculture.google.com/entity/paul-klee/m0ktf5?categoryId=artist
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 6 - PONTILHISMO
Postagem: 24|06|2020
O
Pontilhismo foi um movimento artístico que surgiu na França em meados da década
de 1880 . O movimento Pontilhista , também conhecido como Divisionismo nasceu das ideias dos pintores impressionistas, por
isso, o classificamos também como um movimento pós-impressionista. Como o nome já diz, Pontilhismo refere-se a uma técnica de pintura que se
baseia na colocação de pinceladas coloridas muito próximas umas das outras, como pontos de cor bem pertinho uns dos outros, justapostos (lado a lado). Dessa forma, quando vemos a obra a certa distância, nossa visão faz a mistura daqueles pontinhos coloridos e assim vemos uma única cor , esse fenômeno é chamado de mistura ótica.
A pintura pontilhista é
composta por pontos ou pequenas manchas coloridas. É necessária muita paciência
para se obter bons e bonitos efeitos usando essa técnica. Um dos artistas que mais se
dedicaram nesse tipo de pintura foi George SEURAT, pintor
impressionista. Também vamos falar de Paul SIGNAC que teve grande
destaque na técnica do Pontilhismo.
Georges SEURAT
Era uma vez, um menino
que gostava muito de desenhar. Seu nome era Georges-Pierre
Seurat. Ele tinha um nome bem diferente era francês. Os pais de Seurat o
colocaram em uma escola de desenho. A personalidade artística de Seurat era contraposta por qualidades supostamente opostas e incompatíveis: de um lado, a sua sensibilidade extrema e delicada; do outro, uma paixão pela abstração lógica e uma precisão matemática da mente. Quando menino e ele gostava também de saber sobre
as novidades que os cientistas descobriam e ficou muito interessado quando
aprendeu como os nossos olhos vêem os objetos e as cores. Sabendo de todas essas
coisa e desenhando muito bem, ele
começou a pintar de uma forma diferente dos outros pintores. Ao invés de
misturar as tintas na paleta - tipo de prato onde os artistas misturam as
tintas - ele colocava pontos de cores
puras lado a lado na tela assim, quem observasse a sua pintura de longe, veria uma única cor. Seurat
foi pioneiro do movimento pontilhista, também chamado
divisionismo e um de seus trabalhos de maior expressão e ícone da pintura do século XIX foi Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte.
Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, Seurat - 1884
A torre Eiffel, Seurat - 1889
Tempo Cinza - Seurat, 1886|1888
Estudo para Noite no Canal de Graveline, Seurat - 1890
O Sena, em Courbevoie, Seurat - 1883|1884
Caminhada Matinal , Seurat - 1885
Referência Bibliográfica | Imagens
https://artsandculture.google.com (acesso em 23|06|2020)
HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 10 - Arte na Pré-História
Mãos em negativo, os primeiros grafites da história
Postagem: 31|08|2020.
A mão humana constitui um dos temas mais antigos da arte humana. Exemplos de imagens em negativo e de mãos pré-históricas foram encontrados, são chamados de Mãos em Negativo. Isso porque as impressões das mãos foram feitas colocando a mão contra uma superfície e soprando tinta em torno da mão. Vários exemplares das mãos em negativo foram encontrados em contextos pré-históricos na América Latina, Saara, Indonésia, Austrália e Tasmânia, em muitos casos datando de vários milhares de anos.
Para a pintura dos estênceis (moldes), credita-se que o homem da pré-história utilizava uma tinta fluida de cor preta originada do manganês; e a cor vermelho ocre originada da hematita.
A maioria desses
estênceis foram encontrados aglomerados em certas áreas de cavernas profundas. Podemos
imaginar as mãos pré-históricas feitas sobre uma pedra cintilante no fundo da
caverna, tornadas mais misteriosas pela luz bruxuleante (trêmula,
oscilante, fraca) das pequenas lâmpadas de gordura animal usadas pelos artistas
paleolíticos para explorar as cavernas profundas.
Estudiosos observaram que para fazer aqueles moldes de mãos nas paredes das cavernas, o homem pré-histórico soprava os pigmentos (tintas) através de tubos ocos, que revela a criatividade e sofisticação do homem primitivo. Um canudo era usado para soprar a tinta que criava um vácuo resultando num spray fino. A técnica é difícil de dominar e resulta rapidamente em tonturas. Também produzia um zumbido alto e estranho e também assobios. É fácil imaginar como o estranho e perigoso ambiente de caverna profunda, desconforto, tontura e assobios combinados para criar uma experiência mágica, e por esta razão os arqueólogos presumem que a arte tinha um significado mágico ou ritual, em vez de ser simplesmente um grafite paleolítico.
Os arqueólogos ainda se interessam em estênceis de mão porque "eles fornecem uma conexão física direta com um artista pré-histórico que viveu há mais de 35.000 anos”, disse a antropóloga Dra. Emma Nelson, líder do projeto do mais recente estudo sobre este tipo de arte rupestre. Os estudos também podem determinar com mais de 90% de precisão, o sexo de alguém que viveu há dezenas de milhares de anos, a partir da forma e do tamanho do contorno das mãos.
Além de imagens pintadas de animais, que já conhecemos da aula anterior, e que foram fundamentais para a sobrevivência do homem pré-histórico, que destacam o cavalo selvagem, o bisão e gado extinto, ao redor dessas pinturas, ainda são encontrados os traços de dedo que serpenteiam nas argilas macias das paredes da caverna.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://historythings.com/archaeologists-found-way-discover-gender-ancient-rock-artists/ (acesso em 31|08|2020)
https://ideas.ted.com/what-the-mysterious-symbols-made-by-early-humans-can-teach-us-about-how-we-evolved/ (acesso em 31|08|2020)
https://ideas.ted.com/what-the-mysterious-symbols-made-by-early-humans-can-teach-us-about-how-we-evolved/(acesso em 31|08|2020)
https://mindfuldrawing.com/2017/09/21/prehistoric-hands-invite-and-confirm-communication-with-the-dead-by-paula-kuitenbrouwer/(acesso em 31|08|2020)
http://www.visual-arts-cork.com/prehistoric/hand-stencils-rock-art.htm (acesso em 31|08|2020)
https://www.dur.ac.uk/archaeology/research/projects/all/?mode=project&id=640(acesso em 31|08|2020)
https://en.wikipedia.org/wiki/Cave_painting(acesso em 31|08|2020)
.
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 9 - Arte na Pré-História
Postagem em 17|08|2020.
Olá, meus amiguinhos. Hoje vamos dar início a uma nova etapa da História da Arte para nossas aulas. Convido vocês a imaginarem uma máquina do tempo, e viajarmos juntos para um tempo muito antigo, um tempo tão antigo, onde ainda não havia palavras, nem letras.
Você já ouviu falar de uma família dos desenhos animados, os Flintstones? É isso mesmo, aquela família super engraçada dos desenhos animados que viveu na Idade da Pedra!!! Tinha o Dino, um dinossauro que o Fred tratava como um bichinho domesticado, e até um tigre-dente-de-sabres, que era como um gatinho para a família Flintstone.
Mas é claro que o desenho animado é uma brincadeira a respeito daquele período de uma maneira muito divertida. Se você gosta dessas histórias, então eu vou te mostrar coisas muito bacanas da “Era das Cavernas”.
Da África para Outros Continentes
A maioria dos estudiosos concorda que o local de origem do ser humano é a África. Eles se baseiam em descobertas de estudiosos que um dos esqueletos mais antigos já conhecidos é um fóssil de uma mulher que vivei cerca de 3,2 milhões de anos!!! É muito antigo!!! Essa descoberta foi celebrada pelos cientistas que na mesma noite naquele acampamento, colocaram a música Lucy in the Sky with Diamonds dos Beatles, e decidiram batizar o esqueleto de “Lucy”. A partir da África, outros aparecimentos arqueológicos dos primeiros humanos espalharam-se pela Europa, Ásia e as Américas.
Aí vocês vão me perguntar, “professora, o que tem haver essa história das cavernas com a arte?” Excelente pergunta. É que como eu disse a vocês, naquele período o homem ainda não falava como nos falamos nos dias de hoje, imagina escrever? Mas ele já desenhava!!! “Serio?” Muito sério e vamos classificar esse modelo de Arte Rupestre.
A Arte Rupestre é a mais antiga representação artística da história do homem. São pinturas feitas nas rochas, no interior das cavernas. Ali, eram registradas cenas do dia a dia, das caças, dos animais. etc... Os estudiosos observaram a complexidade e da beleza de dessas representações, então entenderam que essas manifestações deveriam significar que os homens pré-históricos, há pelo menos 30 ou 40 mil anos possuíam uma capacidade simbólica, intelectual e artística semelhante ao homem moderno.
Essas pinturas e desenhos gravados em paredes e tetos das cavernas demonstravam que o homem pré-histórico já sentia a necessidade de se expressar através das artes, algo inato do ser humano. Elas eram feitas nas cavernas e eram de grandes animais selvagens, na tentativa de tentar reproduzir as caçadas da forma mais real possível. Havia também muita delicadeza em algumas partes dos desenhos, repare os chifres desse bisão , ele é enorme e forte, mas seus chifres parecem flutuar no vento.
Mas que tipo de material esse homem da Pré-História usava para fazer seus desenhos?
As pinturas rupestres geralmente representavam temas como as caçadas, os animais, o dia a dia e a família. Mas você saberia dizer por quê os homens pré-históricos faziam as suas representações no mais profundo das cavernas? Essa resposta ainda permanece como dúvida para muitos estudiosos e arqueólogos. Para alguns, o fato de desenharem no mais profundo das cavernas, estaria ligado à proteção de suas famílias, já que naquela época ter uma caverna era algo muito importante para a proteção das famílias e se desenhassem do lado de fora, outros grupos poderiam tentar invadir aquela caverna, então todo cuidado era pouco. Outros acreditam que o fato de desenharem bisões, animais imensos e cenas de caças dentro das cavernas, seria uma forma prender a alma do animal e consequentemente enfraquecê-lo para conseguir captura-lo numa caçada.
Lascoux, na França é uma das maiores cavernas catalogadas com riqueza de representações em seu teto e paredes |
Ao descobrir uma gruta repleta de registros rupestres, marcas de palmas de mão, animais pré-históricos – cavalos, bisões, ursos, leões - Jean Clottes um pré-historiador, recomendou ao governo francês que a gruta de Chauvet fosse interditada para visitação, pois com o tempo o gás carbônico expirado pelos visitantes contribuiu para o surgimento de algas e fungos que ameaçam a conservação das pinturas. A França então decidiu construir uma réplica parcial da caverna verdadeira para visitação. Na imagem acima, a gruta sendo construida e pintada igual a original.
Fontes Bibliográficas
Parkington, John. "Symbolism in Palaeolithic Cave Art". In: The South African Archaeological Bulletin, 1969; 24 (93) .
Lewis-Williams, David et al. "Review Feature: A review of The Mind in the Cave: Consciousness and the Origins of Art by David Lewis-Williams. London: Thames & Hudson, 2002. ISBN 0-500-05117-8 hardback £18.95 & US$29.95; 320 pp., 66 figs., 29 colour plates". In: Cambridge Archaeological Journal,2003; 13 (02):263-279
Wachtel, Edward. "The First Picture Show: Cinematic Aspects of Cave Art". In: Leonardo, 1993; 26 (2):135-140.
Clottes, Jean & Lewis-Williams, David. "Upper Palaeolithic Cave Art: French and South African Collaboration". In: Cambridge Archaeological Journal, 1996; 6 (01):137-139
A HISTÓRIA DA ARTE
➽AULA 8 -
Estudo do Abstracionismo nas obras de JOAN MIRÓ Postagem:04|08|2020 .
Nós já aprendemos que Abstração significa literalmente o distanciamento de uma ideia da realidade física. Em artes visuais, isso significa que podemos imaginar algo que ainda não existe para ser representando, e representar algo que existe de maneira muito diferente da verdadeira. Podemos representar tudo de maneira não literal, a partir de uma única referência.
Aprendemos que ao usar linhas, formas geométricas, muitas cores e um jeito diferente para usar os pincéis para obter um efeito desejado na composição , estaremos criando uma obra não representativa que é também chamada de arte abstrata,
Pois bem, Joan Miró i Ferrà, (1893 - 1983) foi um pintor, escultor e ceramista espanhol nascido em Barcelona, que ganhou reconhecimento internacional e seu trabalho foi interpretado como surrealismo, mas com um estilo pessoal, às vezes também voltando-se para o fauvismo e o expressionismo. Ele era notável por seu interesse na mente inconsciente ou subconsciente, refletida em sua recriação do infantil. Suas obras também falavam do orgulho do seu povo, de sua terra. Miró não gostava muito dos métodos convencionais de pintar, como os pintores mais antigos faziam. Ele era um revolucionário!
Ouro do Firmamento,1967 - Joan Miró |
A belíssima tela acima, que se chama Ouro do Firmamento vai ser retratada com uma historinha bem bacana que eu escolhi pra vocês. É a historinha de uma menininha que era levada, muito esperta e gostava de artes. Juntos vamos nos surpreender com as obras do pintor Joán Miró no mundo da Mari. Ela era uma criança muito esperta, dessas de olhos grandes e bem atentos. Gostava de cores e dos movimentos, e de imaginar que tudo o que ela queria, pudesse acontecer. Quando a professora apresentou pela primeira vez a obra “O Ouro do Firmamemto, de Joan Miró no projetor, Mari disparou feito um foguete de trancinhas olhando para a tela.
- Eu posso fazer uma perguntinha?
- Pode, Mari, o que é?
- A senhora acha mesmo que eu pareço um foguete de trancinhas?
-Acho sim. Você corre, pula, grita e vem com esse sorrisão que mais perece um feixe de luz.
- Feixe?
- É, assim como se fosse um montão!
O dia que Mari viu o quadro do Miró percebeu na hora: É igual aquele do “Roamiró” que a professora mostrou na aula outro dia!! Mas é ele mesmo!!! Espera aí... a professora disse que em espanhol o som do J é igual ao RR juntos... então tá certo, é isso mesmo!!! Joan Miró! Que engraçado, aprendi!
Os alunos todos ficaram olhando para a tela grande , amarela com uma bolona azul no meio. “Que estranho” ... pensou Mari. O colega Felipe gritou dizendo que era uma boca no céu. A Nathália respondeu que não poderia ser uma boca, porque o céu não tem boca e disse que aquilo era um sol azul. Mari ficou olhando, achando cada vez mais estranho e menos sentido fazia. Aquele monte de desenhos, estrela preta, pontinho verde no alto, e Mari cada vez mais perto do quadro, mais perto, mais perto...a mente de Mari viajou.
- Ei! Vai sujar o nariz!
- Quem é que tá falando? – Perguntou Mari, olhando para a cara do Felipe, porque ele sempre fazia gracinhas na sala. Era o pontinho verde falando.
- Ué, como você fala se não tem boca?
- E como você entrou aqui, se não é uma pintura? – Falou o pontinho verde.
- Eu respiro, ando e falo. Estou viva! A pergunta é: como vocês estão vivos se são só pintados?
- Nós estamos vivos desde que fomos criados.
A Bolona Azul se desprendeu e falou: - Isso é um mistério que poucas pessoas conseguem compreender, precisa ter o olho esperto, atento e quase mágico. Mari colocou a Bolona Azul de novo no quadro.
- Mas a senhora então pode nos explicar o que é afinal? – Perguntou Mari.
- Quando meu mestre me pintou, ele pensou que nós todos deveríamos existir, falou a Bolona Azul. – Quando Miró nos pintou ele estava expressando tudo o que ele havia imaginado antes.
- Mas o que ele estaria pensando então, quando te fez?
- Essa é a melhor parte: A mágica da obra de arte é que cada um entende de uma maneira diferente. Por exemplo, você garotinha, o que você sente quando olha para nós?
-Eu sinto vontade de sorrir, fico feliz! Mas vocês são bem esquisitos, hein!
- Você também é muito esquisita. O que são essas coisas penduradas na sua cabeça?
- São trancinhas do meu cabelo, e eu gosto muito. Quando eu solto, meu cabelo, tiro as trancinhas, ele fica desse tamanho, igual a você, só que preto.
Daqui a pouco Mari ouviu uma voz lá longe, e acordou da sua viagem imaginária de fantasia; de poder conversar com os elementos da obra de Miró. Era a professora chamando Mari para ter atenção de volta a aula. Ela acordara de um pequeno sonho que tivera no meio da aula.
Mari desejou que pudesse voltar a viver naquele quadro e continuar a sua viagem dentro da obra de Miró. Ela agora sabia que podia criar qualquer coisa que estivesse dentro da sua imaginação, e todas as vezes que quisesse lembrar da sua aventura fantástica, podia desenhar, pintar, criar ou colorir para viajar em seus sonhos.
Voo do Pássaro ao Luar, 1967 - Miró |
Como você imagina essa obra? Observe a obra e analise quais os elementos que ela possui. Olhe o título da obra e depois tente imaginar o que cada coisa parece ser.
Tres Mulheres, 1960 - Miró |
A obra “Três Mulheres” foi feita um ano após a crise econômica que atingiu e impressionou o Miró. Já percebeu como as cores são mais tristes e mais nebulosas? E por que os modelos estariam tão desfigurados e emagrecidos?
O Vôo da Libélula em Frente ao Sol, 1968 - Miró |
Suspensos em campo aberto com cores muito vibrantes e luminosas, o disco solar, se destaca na imensidão do azul. Em O Vôo da Libélula em Frente ao Sol, uma linha é suficiente para representar o vôo da libélula, quase imperceptível antes da imensidão do Sol, mas tão importante quanto o próprio sol aos olhos do pintor.
Referências Bibliográficas:
Caroline Lopes, Vivian, Arte é Infância: apoio didático, 1 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2014. (adaptação)
➽AULA 7 -
Estudo do Abstracionismo nas obras de PAUL KLEE Postagem:09|07|2020 .
PAUL KLEE (1879 – 1940), viveu em uma família de músicos. Seu pai, Hans Klee, estudou canto, piano, órgão e violino. Com 7 anos Paul Klee aprendeu a tocar violino e, aos 11 anos tornou-se membro honorário da orquestra dos concertos em Berna, na suíça. Ele também desenhava e gostava de escrever. As pinturas de Klee são sempre relacionadas à musicalidade; o mais curioso é que como músico, sempre foi muito fiel às tradições, mas como pintor, ele era radical , igual a você nos dias de hoje, Klee gostava mesmo era de um desafio nos desenhos! Em 1911 conheceu Kandinsky e ficaram amigos.
Nascer da Lua, 1915 - Paul Klee - Aquarela e lápis sobre papel cartão |
Vista de Kairouan , 1914 - Paul Klee - Aquarela e lápis sobre papel cartão |
Diante das Portas de Kairouan, 1914 - Aquarela sobre papel cartão |
Abóbadas Vermelhas e Brancas, 1914 - Paul Klee |
Nos portões do antigo bairro islâmico da cidade sagrada muçulmana de Kairouan, Klee observou em seu diário que espetáculo das cores o possuía, "a cor e eu somos um".Kairouan era uma cidade repleta de arquitetura islâmica e dos becos da medina. Nela ele descobriu as portas, cúpulas e janelas decoradas que juntamente com as formas e cores frescas, ajudariam a diferenciar essas ofertas tunisinas de sua produção europeia.
Jardins da Tunísia, 1919, Paul Klee - Aquarela e tinta sobre papel cartão |
Georges SEURAT
Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, Seurat - 1884 |
A torre Eiffel, Seurat - 1889 |
Tempo Cinza - Seurat, 1886|1888 |
Estudo para Noite no Canal de Graveline, Seurat - 1890 |
O Sena, em Courbevoie, Seurat - 1883|1884 |
Caminhada Matinal , Seurat - 1885 |
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