AULA DE ARTES - 9º ano
ARTES VISUAIS
⏩AULA 9 (parte II)- TEORIA DA GESTALT - As Leis da Gestalt - Continuidade e Pregnância
Data da Aula:14|06|2021.
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As Leis da Gestalt - (Continuação)
3. Continuidade
A Continuidade é a Lei da Gestalt a respeito da fluidez de uma composição. Se os elementos de uma composição conseguem ter uma harmonia do início ao fim, sem interrupções, podemos dizer que ele possui uma boa continuidade.
4. Pregnância
Pregnância (do alemão Prägnanz) é a capacidade de perceber e reconhecer formas. A lei da Pregnância é também chamada de lei da simplicidade. Ou seja, ela dita que objetos em um ambiente são vistos da forma mais simples possível.
Se a forma é complicada, cheia de voltinhas e detalhes, e ainda estiver no meio de uma composição cheia de elementos gráficos e imagens, vai ser muito difícil de percebê-la e identificá-la. Estamos diante, então, de uma peça com baixa pregnância. Porém, se a forma for simples, clara, e ainda por cima, situada sobre um fundo liso e com bom contraste, sem disputar a atenção com ninguém, então temos uma peça gráfica de alta pregnância.
Bom, você já percebeu que a pregnância pode ser da forma em si ou do contexto no qual ela está inserida.
Alta Pregnância: primeiro você enxerga 5 conjuntos de blocos, depois processa as cores. Com um pouco de raciocínio, já está imaginando os personagens dos Simpsons, como o anúncio pede: “imagine”. A peça acima tem alta pregnância.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.usertesting.com/blog/gestalt-principles
ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Edusp/Livraria Pioneira Ed., 1980.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual - 3a ed. - São Paulo - Martins Fontes, 2007
https://www.ligiafascioni.com.br/a-importancia-da-pregnancia/
https://marketingdigital360.com.br/8-principios-da-gestalt/
https://designculture.com.br/as-teorias-de-gestalt-na-publicidade
https://4ed.cc/gestalt/
ARTES VISUAIS
⏩AULA 9 - TEORIA DA GESTALT - As Leis da Gestalt - Semelhança e Proximidade
Data da Aula:07|06|2021.
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As Leis da Gestalt:
Alguns atalhos são conhecidos como princípios da Gestalt para a percepção visual e detalham como nossos cérebros criam estruturas por padrão. Mas por que entender isso é importante para o design? Mas por que os designers se preocupam com os princípios da Gestalt?
Grandes designers entendem o papel poderoso que a psicologia desempenha na percepção visual. Como a mente humana reage à mensagem que está dentro de uma imagem? Quando você assiste aos comerciais , os produtos, as marcas dos produtos, a forma como o supermercado organiza seus produtos. Tudo isso tem Gestalt.
A lei fundamental que governa o princípio da Gestalt é que tendemos a ordenar as coisas de uma maneira regular, ordenada e reconhecível.
É isso que nos permite criar sentido em um mundo complexo e caótico.
Nas aulas a seguir, iremos aprender a praticar com exercícios algumas das mais importantes leis da Gestalt que se aplicam diretamente ao design moderno . São elas :
>Semelhança
>Proximidade
>Continuidade
>Pregnância
>Fechamento
>Unidade
>Unificação
>Segregação
- Semelhança
Na lei da semelhança os objetos similares se agruparão entre si. Na imagem abaixo, a maioria das pessoas enxergam colunas de quadrados e colunas de círculos. De tal forma que poucas pessoas vão associar a imagem acima como uma linha horizontal onde quadrados e círculos se intercalam. E nosso cérebro gosta mais de organizar as maçãzinhas abaixo.
2. Proximidade
Na lei da Proximidade, os elementos próximos tendem a se agrupar, constituindo uma unidade. Quanto mais próximos os elementos mais facilmente reconheceremos a identidade entre eles e veremos a composição do grupo e não das partes isoladamente.
Estes elementos vão parecer mais próximos e unificados quanto menor for a distância entre eles. Você nota os 16 quadrados, ou os 4 grupos de quadrados na imagem abaixo?
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.usertesting.com/blog/gestalt-principles
ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Edusp/Livraria Pioneira Ed., 1980.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
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ARTES VISUAIS
⏩AULA 8 - TEORIA DA GESTALT - A Lei da Boa Forma nas Artes Visuais
Data da Aula:31|05|2021.
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Definição
A psicologia da Gestalt foi fundada em 1910, na Alemanha do séc. XX, por três psicólogos: Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, que definiram o termo Gestalt (do alemão = boa forma), teorizando sobre os modos de percepção humana a respeito da forma, das cores, das composições visuais e da participação das partes na percepção do todo para sintetizar um conjunto de princípios científicos extraídos de experimentos de percepção sensorial. Segundo a teoria da Gestalt, a percepção da forma não se dá por partes, mas de forma íntegra, global e unificada, e esse é seu conceito primordial: a unificação. Isso implica em dizer que reconhecemos símbolos ou composições de símbolos em um contexto e não isoladamente. Cada símbolo representa um elemento e sua composição representa o todo que identificamos num primeiro momento.
Na imagem abaixo, a maioria das pessoas poderia dizer que se trata de um quadrado incompleto, quando na verdade são duas figuras geométricas dispostas de maneiras diferentes, que multiplicam-se e em que nossa percepção nos leva a ver apenas um quadrado incompleto.
Observando a imagem dos círculos abaixo , quais círculos são do mesmo tamanho? Parece que os círculos localizados nos centros das duas flores são de tamanhos diferentes, mas são exatamente do mesmo tamanho.
Isso ocorre porque relacionamos as imagens com “flores”, então somos condicionados a apenas ver flores e não conseguimos observar os elementos isolados da composição, que são as formas geométricas. Os círculos centrais possuem o mesmo tamanho, mas o círculo da segunda figura está inserido em uma composição com círculos maiores, o que dá a impressão de que
sejam de tamanhos diferentes, inversamente com o que acontece na composição da primeira figura.
Os mecanismos da percepção humana tendem a estabelecer padrões formais de reconhecimento numa tentativa sistemática de organizar o caos. Em outras palavras, tentam dar sentido, significado em tudo que vemos.
No campo das artes plásticas, os conceitos e experimentos da Gestalt influenciaram diversos artistas e teóricos. De acordo com a teoria da psicologia da forma, a arte atinge diretamente o olho do espectador, sem a mediação do intelecto. Nesse sentido, a carga emocional e os conceitos estéticos são considerados atributos de uma obra de arte, e não do seu espectador. Fundadores e discípulos da Gestalt, afirmam que as formas mais agradáveis são as que possuem equilíbrio, clareza e harmonia visual, que são padrões de organização desenvolvidos pelo sistema nervoso, na estrutura cerebral. Tal posição é questionada por correntes de pensamento e críticos à Gestalt, que afirmam que a agradabilidade estética não é algo absoluto ou estritamente fisiológico, mas uma experiência cultural e historicamente construída.
Os princípios estudados pela Gestalt têm relação com preocupações artísticas com a organização e a disposição de elementos presentes desde os tratados renascentistas sobre perspectiva e hierarquização de componentes numa obra artística arquitetônica ou pictórica.
Para Rudolf Arnheim, principal estudioso a aprofundar os conceitos da psicologia da forma para o campo da estética e das artes, a experiência da apreciação artística resulta da capacidade dos seres humanos de entender por meio de imagens. Segundo ele, uma obra de arte supõe organização, o que permite ao observador apreender sua estrutura geral e seus vários componentes, semelhanças e diferenças. A psicologia da Gestalt influenciou os estudos e práticas em vários campos da atividade humana, como as artes plásticas, a arquitetura, o desenho industrial e o design gráfico.
A Gestalt estabelece certas constantes sobre o comportamento do cérebro no processo de percepção. Durante os estudos, esses padrões passaram a ser fixos e por sua vez, chamados de ‘Leis da Gestalt’ e são na verdade regras que se conhecermos bem podemos utilizar no dia a dia e nas tarefas que envolvem a criatividade e atividade artísticas. Na próxima aula vamos entender cada lei específica da Gestalt e aplicaremos às nossas atividades artísticas.
Referências Bibliográficas:
ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Edusp/Livraria Pioneira Ed., 1980.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual - 3a ed. - São Paulo - Martins Fontes, 2007
Isso ocorre porque relacionamos as imagens com “flores”, então somos condicionados a apenas ver flores e não conseguimos observar os elementos isolados da composição, que são as formas geométricas. Os círculos centrais possuem o mesmo tamanho, mas o círculo da segunda figura está inserido em uma composição com círculos maiores, o que dá a impressão de que
sejam de tamanhos diferentes, inversamente com o que acontece na composição da primeira figura.
Os mecanismos da percepção humana tendem a estabelecer padrões formais de reconhecimento numa tentativa sistemática de organizar o caos. Em outras palavras, tentam dar sentido, significado em tudo que vemos.
No campo das artes plásticas, os conceitos e experimentos da Gestalt influenciaram diversos artistas e teóricos. De acordo com a teoria da psicologia da forma, a arte atinge diretamente o olho do espectador, sem a mediação do intelecto. Nesse sentido, a carga emocional e os conceitos estéticos são considerados atributos de uma obra de arte, e não do seu espectador. Fundadores e discípulos da Gestalt, afirmam que as formas mais agradáveis são as que possuem equilíbrio, clareza e harmonia visual, que são padrões de organização desenvolvidos pelo sistema nervoso, na estrutura cerebral. Tal posição é questionada por correntes de pensamento e críticos à Gestalt, que afirmam que a agradabilidade estética não é algo absoluto ou estritamente fisiológico, mas uma experiência cultural e historicamente construída.
Os princípios estudados pela Gestalt têm relação com preocupações artísticas com a organização e a disposição de elementos presentes desde os tratados renascentistas sobre perspectiva e hierarquização de componentes numa obra artística arquitetônica ou pictórica.
Para Rudolf Arnheim, principal estudioso a aprofundar os conceitos da psicologia da forma para o campo da estética e das artes, a experiência da apreciação artística resulta da capacidade dos seres humanos de entender por meio de imagens. Segundo ele, uma obra de arte supõe organização, o que permite ao observador apreender sua estrutura geral e seus vários componentes, semelhanças e diferenças. A psicologia da Gestalt influenciou os estudos e práticas em vários campos da atividade humana, como as artes plásticas, a arquitetura, o desenho industrial e o design gráfico.
A Gestalt estabelece certas constantes sobre o comportamento do cérebro no processo de percepção. Durante os estudos, esses padrões passaram a ser fixos e por sua vez, chamados de ‘Leis da Gestalt’ e são na verdade regras que se conhecermos bem podemos utilizar no dia a dia e nas tarefas que envolvem a criatividade e atividade artísticas. Na próxima aula vamos entender cada lei específica da Gestalt e aplicaremos às nossas atividades artísticas.
Referências Bibliográficas:
ARNHEIN, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Edusp/Livraria Pioneira Ed., 1980.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
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ARTES VISUAIS
⏩AULA 7 - BAUHAUS - Os 100 Anos da Escola de Design - Propostas e Impactos na Arte, Educação e Sociedade
Data da Aula:17|05|2021.
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Vislumbrar a força da arte nos seus meandros, descobrir o poder de transformação da linguagem artística nos fluxos renovadores de propostas densamente elaboradas em reflexões oportunas, representa um constante prazer. Desmistificar posicionamentos avessos às incursões arrojadas, ser rebelde no momento certo e percorrer o dinamismo cultural atento a todas as manifestações enriquecedoras do ser humano é uma tarefa essencial num mundo cada vez mais fechado ao espírito humanista.
No ano de 2019 floresceu a esperança de tempos melhores, mas o impacto das surpresas e dos confrontos diários é uma realidade que ninguém consegue controlar apesar das mirabolantes tecnologias disponíveis.
Dentre as comemorações que merece destaque é o centenário de criação da Bauhaus.
A mais revolucionária escola de arquitetura, fundada em 21 de março de 1919, em Weimar, na Alemanha por Walter Gropius, transferida posteriormente para Dessau de 1925 a 1932, e finalmente para
Berlim em 1933, a “Staatliche Bauhaus” representou um sopro de renovação na evolução das ideias e das técnicas modernas.
E para em comemoração aos 100 anos dessa incrível Escola que unia arte, artesanato, arquitetura e design, A MultiRio trouxe uma entrevista muito interessante com Dietmar Starke, arquiteto e urbanista responsável por trazer para o Brasil o primeiro projeto da Bauhaus construído após a II Guerra Mundial: a Célula Urbana, implantada na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro e a Professora Mônica Ferreira da Escola Municipal República Árabe da Síria, trazendo as questões da importância desenvolvimento social através da educação de Artes.
Assista o vídeo com o link abaixo e logo depois vamos para os exercícios.
http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/assista/tv/14798-100-anos-de-bauhaus
Referência Bibliográfica e Crédito de Imagem
https://arteref.com/opiniao/a-dimensao-atemporal-do-bauhaus/
ARTES VISUAIS
⏩AULA 6 (Parte III) BAUHAUS - ANNI ALBERS - O Trabalho da Mulher na Bauhaus Postagem:17|05|2021.
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Quando a escola de arquitetura e design da Bauhaus foi fundada há quase um século em Weimar, em 1919, mais mulheres do que homens se inscreveram.
Esse fato simbolizou um momento histórico para as mulheres que haviam conquistado o direito de voto na Alemanha naquele mesmo ano. Quando o arquiteto Walter Gropius fundou a escola Bauhaus, a igualdade entre os sexos foi se tornando uma realidade, com as mulheres não exigindo mais a permissão de seus maridos para frequentar tais instituições.
No entanto, a igualdade de gênero de Gropius foi apenas até certo ponto. As cobiçadas aulas de pintura, arquitetura e escultura eram reservadas apenas para homens. Uma "classe feminina" especial foi fundada para as participantes do sexo feminino em 1921, previsivelmente dedicada à tecelagem.
Eclat (Marinha), ANNI ALBERS - 1976-1979
Foi então que uma promissora jovem alemã, tem o sonho de fazer parte da então super escola de Design, a Bauhaus. Ela faz um curso preparatório obrigatório com o pintor e designer suíço Johannes Itten antes de iniciar seus estudos na Bauhaus .Mas por ser mulher, ela só poderia fazer o curso de tecelagem, frequentado exclusivamente por mulheres, um fato que simbolizava as rígidas divisões de gênero na escola de arte supostamente progressista.
Eclat (Marinha), ANNI ALBERS - 1976-1979
ANNI ALBERS - Pasture, 1958 (Algodão 15 1/2 x 14 in. 39.4 x 36.6cm
Ainda assim, seu domínio resultante da tecelagem provaria ser uma reviravolta do destino artístico. Ela se tornou uma Pintora de têxteis.
Estamos falando de Anni Albers (Annelise Elsa Frieda Fleischmann), Ela fez aulas particulares de arte durante a escola, pois no início Anni queria ser pintora e fez de tudo para garantir que os tecidos e tapeçarias que ela projetou para edifícios e interiores tivessem o mesmo valor artístico que as pinturas.
Albers se tornou uma das artistas têxteis mais inovadores da época, transformando técnicas de tecelagem antigas por meio da linguagem de design moderna típica da Bauhaus. Ela explorou e expandiu as possibilidades de tecer por meio de experimentos que criaram objetos projetados para pendurar como pinturas abstratas na parede.
Na década de 1960, Albers começou a fazer experiências com técnicas de gravura, incluindo litografia e, como visto acima, com serigrafia.
Mas até sua morte em 1994, ela sempre permaneceu fiel à abstração geométrica. Esta série de serigrafias abaixo mostra o compromisso de sua vida com a fusão de motivos de pintura e design abstrato.
Anni Albers (Do.I-VI) , 1973
Anni e seu marido fizeram uma viagem ao México, Cuba, Chile e Peru. Ela estudou padrões e técnicas de tecelagem tradicionais desses países, nos quais explorou sua história e o significado das formas de arte.
ALBERS - Two, 1952
Referência Bibliográfica e Créditos de Imagens
https://www.dw.com/en/anni-albers-retrospective-celebrates-bauhaus-pioneer/a-44098238
ARTES VISUAIS
⏩AULA 6 (Parte II) BAUHAUS - A Escola de Design Postagem:10|05|2021.
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Na aula anterior (6- parte I) vimos que a Bauhaus foi uma das escolas de arte modernista mais influentes do século XX.
A sua forma de pensar e abordar o ensino e a maneira de compreender a relação entre arte, sociedade e tecnologia provocou grande impacto tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. A reunião entre a estética e a funcionalidade na concepção de elementos e objetos do dia a dia é um dos aspectos centrais do modelo de pensamento e movimento fundado a partir da instituição.
A proposta da Bauhaus
“Bauhaus” é uma inversão da palavra alemã “hausbau”, que significa “casa de construção” ou “construção de casas.”
A Bauhaus propunha a adaptação da arquitetura e das artes às novas tendências de produção baseadas na reprodução industrial. Em 2019 a Bauhaus celebrou 100 anos, e imagine uma escola onde todas as artes se fundem numa só. Um lugar onde os alunos aprendem produzindo , na prática, em oficinas, orientados por três artesãos e pelos maiores artistas do seu tempo, entre eles, Johannes Itten, Paul Klee, Wassily Kandinsky, László Moholy-Nagy, Marcel Breuer, Josef e Anna Albers. A Bauhaus existiu de 1919 a 1933, fundada em Weimar por Walter Gropius que a batizou de Bauhaus, traduzindo literalmente:Casa de Construção.
Na Bauhaus, a ideia de se integrarem artistas, artesãos e indústria, fez com que pudessem criar e aperfeiçoar produtos que iam da cadeira à casa, de um tabuleiro de xadrez a um edifício, integrando assim, arquitetura e desenho industrial num momento em que ninguém sabia como isso era possível. Uma verdadeira novidade.
Numa época , onde a Europa estava castigada pela guerra, a Bauhaus foi moldando o design de um novo mundo, onde a forma seguia primeiramente a função em edifícios e peças de linhas retas, minimalistas, funcionais e fáceis de serem multiplicadas. Cadeiras como a Barcelona, de Mies van der Rohe, e a Wassily, de Marcel Breuer, a belíssima arte têxtil de Anni Albers são apenas alguns exemplos da objetividade criativa da Bauhaus.
XADREZ DE JOSEF HARTWIG
Cadeira Barcelona, Mies van der Rohe |
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens:
https://www.westwing.com.br/guiar/bauhaus/
https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetos/cadeira-barcelona-mies-van-der-rohe/
https://www.dw.com/en/anni-albers-retrospective-celebrates-bauhaus-pioneer/a-44098238
https://designe.com.br/bauhaus-101-anos-confira-a-trajetoria/
ARTES VISUAIS
➤AULA 6 (Parte I)BAUHAUS - A escola de Design Postagem:03|05|2021.
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A Bauhaus foi uma Escola de Artes e Ofícios que surgiu na Alemanha em 1919 a partir das idéias do arquiteto e pintor belga Henry Van de Velde e do arquiteto alemão Walter Gropius. A Bauhaus foi pioneira no desenvolvimento da educação em Designer e a sua metodologia contava com a relação entre artesãos, artistas e a indústria. Em 1933, a Bauhaus foi fechada pelos nazistas e as suas idéias vão parar em Chicago, nos EUA, onde é reaberta sob o nome de New Bauhaus para a continuidade dos estudos em design, e anos mais tarde, retorna à Alemanha instalando-se na cidade de Um, com o nome de Escola Superior da Forma.
Contexto Histórico da Bauhaus
Quando a Bauhaus – termo alemão que significa literalmente “casa para construção” – surgiu, o mundo moderno vivia o ápice das mudanças trazidas a partir da primeira Revolução Industrial. No final do século XIX e inicio do século XX, vivenciava-se o ápice de idéias e inquietudes trazidas com os amplos e diversos acontecimentos nas ciências, nas artes, na política, na economia, na produção industrial e na estrutura e vida social daquele tempo. A distância fora drasticamente alterada com a invenção de meios de transportes mais rápidos. Assim o fazer em série e a velocidade entraram definitivamente, na vida de todos. Tudo começava a ser pensado e feito em “massa”.
A Primeira Guerra Mundial iniciada em 28 de Julho de 1914 foi uma luta entre potências imperialistas que contou com forte apoio da Alemanha, cujo povo acreditava poder provar sua superioridade mundial com a luta armada. Após quatro anos, em 1918, a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim. A Alemanha saiu derrotada, arrasada e humilhada pelo tratado de Versalhes. Nesse turbulento contexto surgiu a Bauhaus Estatal, na cidade de Weimar. Segundo Argan, a Bauhaus foi uma escola democrática no sentido pleno do termo: precisamente por isso, o nazismo, tão logo chegou ao poder, suprimiu-a (1933). Fundava-se sobre o princípio da colaboração, da pesquisa conjunta entre mestres e alunos, muitos dos quais logo se tornaram docentes. Além de ser uma escola democrática, era uma escola de democracia: a sociedade democrática (isto é, funcional e não hierárquica) era entendida como uma sociedade que se autodetermina, isto é, forma-se e desenvolve-se por si, organiza e orienta o seu próprio progresso. Progresso é educação, e o instrumento da educação é a escola; portanto, a escola é a semente da sociedade democrática. Bauhaus significa “casa da construção”; por que uma escola democrática é uma escola da construção? Porque a forma de uma sociedade é a cidade e, ao construir uma cidade, a sociedade constrói a si mesma. (ARGAN, 1992, p. 269).
Extremamente moderna, a Bauhaus previa um ensino em ciclos onde o aluno partia da experimentação total, pelo acesso às linguagens de arte, para no seu último ano aprender a arquitetura. A Bauhaus possuía oficinas e estúdios para a criação de projetos gráficos, design de objetos, mobiliário, etc. O que Gropious fez, foi juntar o trabalho manual dos artesãos com os trabalhos dos artistas das Belas Artes, criando o Design.
A Bauhaus se preocupava em estimular a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem. Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Por isso, entre professores e alunos havia liberdade de criação, mas dentro de convicções filosóficas comuns.
Referências Bibliográficas :
RIBEIRO, Sônia Marques Antunes; LOURENÇO, Carolina Amorim . Bauhaus: Uma Pedagogia para o Design. Revista (online). Rio de Janeiro: v. 20 | nº. 1 [2012], p. 1 – 24 | ISSN 1983-196X
ARTES VISUAIS
➤AULA 5 (parte II)- Os Elementos Fundamentais da Linguagem Visual: Estruturas de Repetição do Desenho Bidimensional Postagem:26|04|2021.
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INTRODUÇÃO
Nas aulas anteriores podemos aprender muito sobre a construção de uma estrutura que se apoie o desenho mesmo antes dele ser criado. A Grade Básica de estruturação do desenho é como se fosse o esqueleto do desenho, a estrutura interna e que pode ser visível e invisível. Mas dentro da Grade Básica é que se desenvolvem outras estruturas, que agora vamos estudar mais afundo que são as ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO MÚLTIPLAS e SUPERPOSIÇÃO DAS ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO. Agora vamos reforçar um pouco estas informações, com o texto abaixo que faz parte do capítulo 4 do livro Princípios da Forma e Desenho de Wucius Wong.
ARTES VISUAIS
➤AULA 5 - Os Elementos Fundamentais da Linguagem Visual: Grade Básica do Desenho Bidimensional Postagem:19|04|2021.
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A GRADE BÁSICA é na verdade a alma de toda a estrutura do desenho.
Na aula anterior, vimos como se comportam as estruturas de repetição do desenho. Agora vamos pensar como essas estruturas puderam ser criadas , com todo o esquema de padrão e simetria, se não tivessem sido pensadas dentro de uma organização muito perfeita? Se tentássemos de repetir o mesmo motivo em uma padronagem, facilmente poderíamos errar um detalhe ou outro no momento de organizar as formas no espaço. A Grade Básica é e melhor forma de trabalhar os esquemas de repetição. É constituída por linhas verticais e horizontais, com espaços iguais, que resultam em várias subdivisões de tamanhos exatamente iguais, onde podem ser organizados os elementos, desenhos, formas.
Agora vamos reforçar um pouco estas informações, com o texto abaixo que faz parte do capítulo 4 do livro Princípios da Forma e Desenho de Wucius Wong.
ARTES VISUAIS
➤AULA 4 - Os Elementos Fundamentais da Linguagem Visual: Estrutura Visível e Estrutura de Repetição do Desenho Postagem:12|04|2021.
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INTRODUÇÃO
Desde o início de nossas aulas a respeito da construção da Linguagem Visual, temos aprendido como sobre os elementos dessa linguagem podem estar dispostos para o auxílio ao alfabetismo visual. Mas então o que seria o ANALFABETISMO VISUAL?
”Uma pessoa letrada pode ser definida como aquela capaz de ler e escrever, mas essa definição pode ampliar-se passando a indicar uma pessoa instruída. No caso do alfabetismo visual também pode fazer a mesma ampliação de significado. Além de oferecer um corpo de informações e experiências compartilhadas, o alfabetismo visual traz em si a promessa de uma compreensão culta dessas informações e experiências.” - (DONDIS, 2007, pg.227).
O desenho bidimensional (duas dimensões) se refere a criação de um mundo bidimensional, por meio de esforços consistentes de organização de vários elementos. Agora vamos reforçar um pouco estas informações, com o texto abaixo que faz parte do capítulo 4 do livro Princípios da Forma e Desenho de Wucius Wong.
ESTRUTURA VISÍVEL
Algumas vezes o desenhista pode preferir uma estrutura visível. Isto significa que as linhas estruturais existem enquanto linhas reais e visíveis com a largura desejada. Tais linhas devem ser tratadas como um tipo especial de unidade de forma, pois possuem todos os elementos visíveis e podem interagir com as unidades de forma e com o espaço contido por cada uma das subdivisões estruturais (Fig.20a).
Linhas estruturais visíveis podem ser positivas ou negativas. Quando negativas, estão unidas ao espaço negativo ou a unidade de forma negativas e podem cruzar o espaço positivo ou unidades de forma positivas. Linhas estruturais negativas são consideradas visíveis, pois têm uma largura definida que pode ser vista e mensurada (Fig.20b).
Linhas estruturais positivas e negativas podem ser combinadas em um desenho. Por exemplo, todas as linhas estruturais horizontais podem ser positivas e todas as linhas estruturais verticais negativas (Fig.20c).
Linhas estruturais visíveis e invisíveis também podem ser usadas juntas. Isto significa que podemos ter somente as verticais ou as horizontais visíveis. Ou linhas estruturais visíveis e invisíveis podem ser usadas alternada ou sistematicamente, de modo que as linhas estruturais visíveis demarquem divisões, cada uma das quais de fato contendo mais do que uma subdivisão estrutural regular (20d).
ESTRUTURA DE REPETIÇÃO
Quando as unidade de forma são posicionadas regularmente, com uma quantidade igual de espaço circundando cada uma delas, pode-se dizer que estão em uma “estrutura de repetição”.
Uma estrutura de repetição é formal e pode ser ativa ou inativa, visível ou invisível. Nesse tipo de estrutura, a área toda do desenho (ou uma porção dele) é dividida em subdivisões estruturais de exatamente mesmo formato e tamanho, sem deixar lacunas espaciais estranhas entre elas.
A estrutura de repetição é a mais simples de todas as estruturas. É particularmente útil na construção de padrões para recobrir toda uma superfície.
ARTES VISUAIS
➤AULA 3 - Os Elementos Fundamentais da Linguagem Visual: A estrutura do desenho Postagem:08|04|2021.
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ARTES VISUAIS
➤AULA 2 - Os Elementos Fundamentais da Linguagem Visual: A FORMA Postagem:03|03|2021.
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Copie o texto do capítulo 2 abaixo, que é a continuação de nossa primeira aula. Dê uma atenção especial nos desenhos das formas nas páginas 46,48 e 50 e os faça com a maior precisão possível.
ARTES VISUAIS
➤AULA 1 - Elementos Fundamentais da Linguagem Visual Postagem:19|02|2021.
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A HISTORIA DA ARTE
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Nas aulas anteriores começamos a falar da arte contemporânea e sua construção na década de 60 e também falamos sobre um artista que seria o precursor da Arte Contemporânea e que daria o que falar até os dias de hoje. Estamos falando de Henri-Robert-Marcel Duchamp, mais popularmente conhecido como Marcel Duchamp.
Marcel Duchamp nasceu em 1887, em Blainville na França (falecido em 1968), artista francês que rompeu as fronteiras entre obras de arte e objetos do cotidiano. Depois da sensação causada por Nude Descending a Staircase, No. 2 (1912), ele pintou alguns outros quadros.
Nu Descendo a Escada - Marcel Duchamp, 1912 |
Sua vontade de quebrar com os padrões estéticos convencionais e tradicionais levou-o a criar seus famosos ready-mades e a partir daí , ele começa uma verdadeira revolução artística. Em Abril de 1917, há pouco mais de 100 anos, Duchamp realizou o que foi talvez o evento de arte mais brilhante e absurdo do século XX.
A Fonte - Duchamp, 1917 |
Para colocar seu plano desafiador em prática, Duchamp ficou sabendo de uma exposição de obras que teria no salão da Sociedade de Artistas Independentes "não-julgados" em Nova York e que o salão aceitaria qualquer tipo de obra desde que o artista pagasse uma taxa de inscrição. Pois bem. Duchamp se inscreveu, mas usou um outro nome que ele inventou (R. Mutt) pois não queria que soubessem que era ele, o autor daquela obra, e naquela época ele já era bastante conhecido pelas suas obras tradicionais, e muitos gostavam muito dos trabalhos dele. Ele enviou a “obra de arte” ao salão: um urinol de cabeça para baixo assinado e datado com a denominação “R. Mutt, 1917 ”e intitulado Fountain – A Fonte.
O conselho da Sociedade de Artistas Independentes, diante do que deve ter parecido uma brincadeira de um artista anônimo, rejeitou o trabalho, com a justificativa de que não era de fato uma verdadeira obra de arte. Duchamp, que também fazia parte desse conselho, renunciou ser membro como uma forma de protesto a este ato .
O que é realmente arte?
Artistas e intelectuais surgiram para criticar ou apoiar o trabalho de Duchamp, com talvez a explicação da importância de A Fonte ter vindo de um artista anônimo.
Dizia: “Não importa se o Sr. Mutt fez A Fonte com suas próprias mãos ou não. Ele ESCOLHEU. Ele pegou um artigo da vida comum, colocou-o de forma que seu significado útil desaparecesse sob o novo título e ponto de vista - criou um novo pensamento para esse objeto.” O trabalho era realmente de um grande poder inovador para o mundo das artes .
Glossário
Ready Made - O termo é criado por Marcel Duchamp (1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem critérios estéticos e expostos como obras de arte em espaços especializados (museus e galerias).
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://www.theartstory.org/artist/duchamp-marcel/artworks/
https://www.artsy.net/article/artsy-editorial-duchamps-urinal-changed-art-forever
https://www.britannica.com/biography/Marcel-Duchamp
https://www.wikiart.org/en/marcel-duchamp/nude-descending-a-staircase-no-2-1912
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 13 - ARTE CONTEMPORÂNEA - UMA HISTÓRIA CONCISA
Copiar o texto no caderno e enviar a foto da cópia para o e-mail: moni3l@yahoo.com.br
Postagem:19|11|2020.
Referência Bibliográfica
ARCHER, Michael. Arte Contemporânea: uma história concisa. - São Paulo: Editora Martins fontes, 2001. Título Original : Art since 1960 - ISBN85-336-1464-0 1. Arte Moderna
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 12 - O QUE É ARTE CONTEMPORÂNEA?
Enviar a foto da cópia do texto para o e-mail: moni3l@yahoo.com.br
Postagem:29|10|2020.
A maioria das pessoas leigas, quando induzidas a mencionar uma grande obra de arte e/ou um grande artista, geralmente, não tem dúvida alguma em proferir o nome de Leonardo Da Vinci e o título de sua obra prima, a Gioconda, ou Mona Lisa. A imagem encontra-se em domínio público na internet, já foi diversas vezes utilizada em propagandas de televisão, outdoors, revistas e também se encontra em qualquer livro de História da Arte, desde a educação básica até os mais elaborados livros sobre o tema. Em todas as instâncias, a obra de Da Vinci é consagrada como um grande exemplo de arte.
Monalisa - Leonardo Da Vinci - 1506 |
Contudo, ao questionarmos essa mesma hipotética pessoa leiga sobre a qualidade artística de um grafite, que pode ser encontrado estampando as paredes de qualquer cidade grande, o discurso geralmente muda. O fato do grafite não ser facilmente encontrado na internet, nos livros de arte ou fazer parte do repertório imagético ordinário, parece gerar desconforto nas pessoas não iniciadas no mundo da arte.
Grafite no Vale do Anhangabau, São Paulo - Os Gêmeos |
Afinal, o que pode ou não se tornar objeto de contemplação artística?
Quem define as regras do jogo artístico? Muitos historiadores, filósofos, sociólogos e artistas já tentaram definir o conceito de arte ao longo dos séculos. A maioria dos livros de História da Arte dedica, nos capítulos introdutórios, muitas linhas sobre o problema. Entretanto, a maioria dessas referências bibliográficas advertem ao leitor que a complexidade do tema dificulta uma definição objetiva.
Segundo o historiador Jorge Coli (1999), para compreendermos o assunto, talvez uma saída seja vincular a definição de uma obra de arte ao seu poder de permanência. Quando uma obra consegue despertar um universo de sensações para muitas pessoas em contextos histórico-culturais distintos, ela adquire caráter de perenidade, status de ícone simbólico de uma cultura. Não obstante, para uma obra de arte permanecer conservada no tempo são necessárias instituições como os museus, profissionais como os restauradores, historiadores e críticos de arte, além de órgãos como o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para garantir sua sobrevivência no tempo. Sendo assim, todos esses discursos levam a crer que a Mona Lisa é uma grande obra e Da Vinci um pintor icônico.
Voltemos, contudo, ao grafite. Se os discursos sobre o objeto de arte são tão amplos e subjetivos, mesmo com o auxílio de tantos profissionais ligados ao assunto, como compreender o grafite enquanto obra de arte? Atualmente ele é considerado uma linguagem do chamado Campo Expandido da arte contemporânea, ao lado dos flash mobs, Instalações e Intervenções Urbanas.
Mas o que é arte contemporânea? De que maneira esta arte chamada de grafite, que anteriormente era considerada marginal, atualmente se transformou em objeto de contemplação artística?
Entende-se como arte contemporânea as correntes artísticas que se desenvolvem a partir de meados dos anos 1950 e 1960, principalmente em decorrência da Pop Art e do Minimalismo no campo nas artes plásticas. Uma das principais características da arte contemporânea é a ausência de categorização de suas linguagens. Ou seja, as instalações, e demais tendências, abordadas na sequência, são avessas às classificações tradicionais, como pintura, escultura, teatro, dança e arquitetura. São trabalhos artísticos que dialogam de forma diferenciada com o espaço e com o corpo do espectador, construindo um campo completamente novo no universo da arte.
Segundo a historiadora e crítica de arte Lygia Canongia (2005):
“A multiplicidade de estilos e a ruptura dos suportes tradicionais (como a tela, na pintura e o pedestal, na escultura), a exploração do aleatório e a crítica do sistema oficial de arte, a valorização de situações instáveis e a alteração do lugar da obra de arte, assim como a inserção da comunicação de massa no cotidiano, foram algumas transformações substanciais deixadas como legado pelos anos 60.” – (CANONGIA, 2005).
São essas transformações que colocam a arte num lugar ao mesmo tempo efervescente e de difícil compreensão para o espectador leigo. Por conta de tantos elementos inovadores e complexos que a todo momento expandem a definição do que pode ou não ser um objeto artístico, tanto a pesquisadora Rosalind Krauss (1979) quanto o historiador Michael Archer (2001), chamam de Campo Expandido as tendências artísticas que misturam duas ou mais linguagens da arte na contemporaneidade.
A obra Milhas de Barbantes criada por Malcel Duchamp para a exposição surrealista de 1942 é um exemplo de obra de arte visual realizada no campo expandido. Convidado para intervir no espaço tradicional de uma galeria de arte, na qual as telas encontravam-se expostas nas paredes, Duchamp ocupou o espaço inserindo milhares de fios de barbante entre as pinturas. Dessa maneira, o espectador era convidado estabelecer uma relação corporal e não meramente visual com as telas, uma vez que as linhas tridimensionais dos barbantes criavam um provocativo e estranho circuito de visitação.
Milhas de Barbante - Instalação de Marcel Duchamp, 1942 |
Mais tarde, muitas obras inseridas na corrente artística denominada Pop Art também passam a criar trabalhos que ocupavam não só a parede das galerias como criavam uma espécie de ambiente ou cenário tridimensional. Nesse contexto, artistas como Tom Wesselmann e Claes Oldenburg criaram trabalhos que se encontravam no limiar entre pintura, escultura e arquitetura. A esse tipo de obra de arte visual, construída no campo expandido deu-se o nome de instalação.
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
SOUSA, Vanessa Seves Deister de. TÓPICOS ESPECIAIS - E-book em PDF interativo
(acesso em 29|10|20)
http://repositorio.unicentro.br (acesso em 29|10|20)
http://teaching.ellenmueller.com/installation-utopias/assignments/04-projects/everyday-objects-installation/12593961_767062444087_6347782428761151843_o/
(acesso em 29|10|20)
http://periodicos.anhembi.br/arquivos/PTL/392580.pdf (acesso em 29|10|20)
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 11 - ARTE CONTEMPORÂNEA -
O Ato Criador
Postagem:19|10|2020.
Na aula anterior, tivemos o primeiro contato com o que chamamos de Arte Contemporânea. Na aula de hoje , vamos conhecer um pouco mais desse conceito de arte através de um de seus precursores, o artista Marcel DUCHAMP. Duchamp foi um artista incomodado com a passividade de movimentos artísticos que tinham apenas o artista e a obra de arte como os principais elementos da cena. O Ato Criador, de Marcel Duchamp, texto que vamos estudar a partir de agora, nos propõe um desligamento a tudo o que já vimos na Arte, com um novo olhar para o espectador e a obra, com o artista fora da jogada. Leia atentamente o texto abaixo e copie no seu caderno da página 71 até a 74 para fazermos as próximas atividades.
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 10 - ARTE CONTEMPORÂNEA
Postagem:25|09|2020.
Moderno, contemporâneo. Contemporâneo, moderno.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar em arte moderna e arte contemporânea. Mas você sabe qual a diferença entre essas vertentes da arte? Uma resposta bem simples: tempo.
A arte moderna veio antes da arte contemporânea.
A maioria dos historiadores e críticos de arte colocam o início da arte moderna no Ocidente por volta de 1860, continuando até 1960. Considerando que, arte contemporânea significa arte feita nos dias de hoje.
Mas pode ser difícil definir os “dias atuais” realmente significam. A arte contemporânea é feita por artistas vivos? Os artistas fazem obras que que se relacionam com a cultura da atualidade? Você mesmo vai poder achar as respostas para estas perguntas no decorrer desta aula.
A data de início da arte contemporânea é, talvez paradoxalmente, na maioria das vezes retrocedida nas décadas de 1960 e 1970.
Mas assim como a diferença de tempo, há também outras diferenças: o método e a abordagem, ou seja, os meios pelos quais a obra foi concebida, e o que pretende abordar.
A mudança radical veio nas décadas de 1960 e 70, com uma revolução na forma como fazemos e pensamos arte.
Grande parte da arte modernista, se leva muito a sério, e privilegiando o gênio criador (o artista).
A arte contemporânea e seus desdobramentos como a Pop Art, o Minimalismo, a Arte Conceitual, e a arte performática, no entanto, viraram isso de cabeça para baixo, fazendo obras de arte com outra forma de abordagem e onde o espectador pudesse ter a maior notoriedade. Em vez de beleza e forma, os artistas agora estavam mais interessados no conceito por trás da obra de arte, então a arte agora assumia muitas formas diferentes - vídeo, performance, instalação - e muitas vezes , essas obras viviam fora dos espaços ou galerias de arte tradicionais.
Uma parte importante da arte contemporânea não está nas pinceladas de tinta ou no mármore de uma escultura; nem mesmo está na obra de arte, ao contrário, é a impressão que o espectador tem da obra de arte.
As obras de arte contemporâneas costumam focar no efeito e na experiência do observador de uma obra de arte.
Para muitos críticos e teóricos da arte, obra de arte é feita do que ela é.
Uma questão que tantas vezes é levantada na arte contemporânea é geralmente algo do tipo: “mas será que é arte?” ou “meu filho de quatro anos poderia fazer isso”.
Esse tipo de crítica, curiosamente está mostrando que os artistas contemporâneos estão fazendo seu trabalho corretamente.
Sim, porque muita arte contemporânea está questionando nossa concepção estética, aquela que aprendemos com os clássicos tradicionais.
A estética é a investigação filosófica sobre o que torna alguma coisa arte. Então, quando olhamos para uma pilha de tijolos ou para um mictório em uma galeria de arte, os artistas estão na verdade tentando nos fazer questionar se seu trabalho é ou não arte e se for, a próxima questão é: o que o torna arte?
A arte contemporânea é muitas vezes uma experiência de ultrapassar limites e fazer perguntas sobre o que a arte é e pode ser.
Então, quando você pergunta, “isso é arte?”, esse é exatamente o tipo de pergunta que o artista quer que você faça.
“A base da minha pesquisa conceitual é o fato de o ser humano ser o único produto da natureza que não se acomoda completamente no que ela oferece. Ele cria cada vez mais um mundo artificializado para acomodar suas necessidades e desejos” - diz o artista Andrey Zignnato, diante de sua obra. “ ao mesmo tempo , o tijolo tem a rigidez, mas é esculpido, trazendo a questão da equalização de coisas distintas, como a maleabilidade da rigidez, a suavidade da força.” - Zignnatto.
Amanhã, 2013 - placa de mármore e aço - UCCA - Center for Contemporary Art, Beijing - China |
Erosões II - Andrey Ziggnatto, 2015 |
“A base da minha pesquisa conceitual é o fato de o ser humano ser o único produto da natureza que não se acomoda completamente no que ela oferece. Ele cria cada vez mais um mundo artificializado para acomodar suas necessidades e desejos” - diz o artista Andrey Zignnato, diante de sua obra. “ ao mesmo tempo , o tijolo tem a rigidez, mas é esculpido, trazendo a questão da equalização de coisas distintas, como a maleabilidade da rigidez, a suavidade da força.” - Zignnatto.
Empilhamento, Andrey Zignnatto, 2015 |
Referências Bibliográficas e Créditos de Imagens
https://artsandculture.google.com/asset/tomorrow/6QFB2YoT5NNxnw (acesso em 25|09|20).
https://artsandculture.google.com/story/what-s-the-difference-between-modern-and-contemporary-art-%C2%A0/vwKiW17vbvl3JA (acesso em 25|09|20).
https://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,artista-plastico-andrey-zignnatto-elege-o-tijolo-para-relacionar-rigidez-e-maleabilidade,1685521 (acesso em 25|09|20).
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 9 - ESCHER, Um Enigma por trás de uma Ilusão
Postagem:30|08|2020.
Relativity - Escher, 1953 |
Um interior que distorce o espaço que nunca poderia existir na realidade, dominado por escadarias que brotam surrealmente em todas as direções e repleto de figuras inexpressivas semelhantes a manequins andando para cima e para baixo como membros de uma ordem religiosa cuidando calmamente de seus afazeres diários. Estranho não é mesmo? Fantasia? Sonho? Ilusão? Vamos conhecer o mestre do ilusionismo nas Artes Visuais.
Maurits Cornelis Escher (1898-1972) é um dos artistas gráficos mais famosos do mundo. Sua arte é admirada por milhões de pessoas em todo o mundo, pois mistura arte e enigmas. Litografias, a maioria delas, em que você não consegue distinguir o espaço, por conta da ilusão criada por Escher.
Relativity, que você no início da apresentação, pertence a uma série de cinco gravuras de Escher apresenta construções impossíveis e múltiplos pontos de fuga.
A xilogravura abaixo, Day and Night, (Dia e Noite) que apresenta dois bandos de pássaros, um preto e um branco, voando sobre uma paisagem plana holandesa entre um par dos rios. Day and Night foi a impressão mais popular de Escher: durante o curso de sua vida, ele fez mais de 650 cópias dela, reproduzindo meticulosamente cada impressão com a ajuda de uma pequena colher de ovo feita de osso.
Day and Nigth - Escher, 1938 |
A Xilografia e a Litografia
A xilografia (xilo=madeira, grafia=escrita) foi das técnicas mais utilizadas pelo artista, toma como matriz a madeira – que será entalhada – para reproduzir imagens que poderão ser gravadas em outros materiais, como o papel ou o tecido.
Já a litografia (lito=pedra, grafia=escrita) consiste em outro processo para a elaboração de suas obras. A multiplicação das imagens é por meio de um processo químico. Ela tem como matriz a pedra calcária que será marcada com um lápis gorduroso, permitindo diversos graus de luminosidade e texturas.
Waterfall - Escher, 1961 |
O fascinante momento em que o espectador dá uma segunda olhada na litografia Waterfall (cachoeira). À primeira vista, vemos água caindo em cascata de uma plataforma elevada. Parece bastante simples. Mas, em uma inspeção mais próxima, o observador experimenta o que cérebro não consegue entender o que os olhos estão dizendo. A água está fluindo para cima. Para cima?! Waterfall é a obra em que Escher engana seus espectadores da maneira mais direta.
Reptiles - Escher, 1943 |
Mãos com Esfera Refletora - Escher, 1935 |
Outro Mundo II -Escher , 1947 |
Referências Bibliográficas e Créditos das Imagens
https://mapdesign.icaci.org/2014/09/mapcarte-268365-day-and-night-by-m-c-escher-1938/
https://en.wikipedia.org/wiki/Hand_with_Reflecting_Sphere (acesso em 30|08|2020)
https://www.escherinhetpaleis.nl/escher-today/waterfall/?lang=en (acesso em 30|08|2020)
https://www.wikiart.org/pt/maurits-cornelis-escher (acesso em 30|08|2020)
https://www.bbc.com/culture/article/20150624-arts-most-famous-illusion (acesso em 30|08|2020).
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 8 - Teoria da Gestalt nas Artes Visuais
Postagem:10|08|2020.
Definição
A psicologia da Gestalt foi fundada em 1910, na Alemanha do séc. XX, por três psicólogos: Max Wertheimer, Kurt Koffka e Wolfgang Köhler, que definiram o termo Gestalt (do alemão = boa forma), teorizando sobre os modos de percepção humana a respeito da forma, das cores, das composições visuais e da participação das partes na percepção do todo. para sintetizar um conjunto de princípios científicos extraídos de experimentos de percepção sensorial. Segundo a teoria da Gestalt, a percepção da forma não se dá por partes, mas de forma íntegra, global e unificada, e esse é seu conceito primordial: a unificação. Isso implica em dizer que reconhecemos símbolos ou composições de símbolos em um contexto e não isoladamente. Cada símbolo representa um elemento e sua composição representa o todo que identificamos num primeiro momento.
Na imagem acima, a maioria das pessoas poderia dizer que se trata de um quadrado
incompleto, quando na verdade são oito figuras geométricas dispostas de uma
maneira em que nossa percepção nos leva a ver apenas um quadrado incompleto. Observando a imagem
dos círculos abaixo (A e B), quais círculos são do mesmo tamanho? Parece que os
círculos localizados nos centros das duas flores são de tamanhos diferentes, mas
são exatamente do mesmo tamanho.
Isso ocorre porque relacionamos as imagens com “flores”, então somos condicionados a apenas ver flores e não conseguimos observar os elementos isolados da composição, que são as formas geométricas. Os círculos centrais possuem o mesmo tamanho, mas o círculo da imagem B está inserido em uma composição com círculos maiores, o que dá a impressão de que sejam de tamanhos diferentes, inversamente com o que acontece na composição da imagem A.
Os mecanismos da percepção humana tendem a estabelecer padrões formais de reconhecimento numa tentativa sistemática de organizar o caos. Em outras palavras, tentam dar sentido, significado em tudo que vemos.
No campo das artes plásticas, os conceitos e experimentos da Gestalt influenciaram diversos artistas e teóricos. De acordo com a teoria da psicologia da forma, a arte atinge diretamente o olho do espectador, sem a mediação do intelecto. Nesse sentido, a carga emocional e os conceitos estéticos são considerados atributos de uma obra de arte, e não do seu espectador. Fundadores e discípulos da Gestalt, afirmam que as formas mais agradáveis são as que possuem equilíbrio, clareza e harmonia visual, que são padrões de organização desenvolvidos pelo sistema nervoso, na estrutura cerebral. Tal posição é questionada por correntes de pensamento e críticos à Gestalt, que afirmam que a agradabilidade estética não é algo absoluto ou estritamente fisiológico, mas uma experiência cultural e historicamente construída.
Os princípios estudados pela Gestalt têm relação com preocupações artísticas com a organização e a disposição de elementos presentes desde os tratados renascentistas sobre perspectiva e hierarquização de componentes numa obra artística arquitetônica ou pictórica.
Para Rudolf Arnheim, principal estudioso a aprofundar os conceitos da psicologia da forma para o campo da estética e das artes, a experiência da apreciação artística resulta da capacidade dos seres humanos de entender por meio de imagens. Segundo ele, uma obra de arte supõe organização, o que permite ao observador apreender sua estrutura geral e seus vários componentes, semelhanças e diferenças. A psicologia da Gestalt influenciou os estudos e práticas em vários campos da atividade humana, como as artes plásticas, a arquitetura, o desenho industrial e o design gráfico.
A Gestalt estabelece certas constantes sobre o comportamento do cérebro no processo de percepção. Durante os estudos, esses padrões passaram a ser fixos e por sua vez, chamados de ‘leis da Gestalt’ e são na verdade regras que se conhecermos bem podemos utilizar no dia a dia e nas tarefas que envolvem a criatividade e atividade artísticas.
As Leis da Gestalt:
As Leis da Gestalt são muitas, mas hoje vamos aprender as mais funcionais e principais para iniciação educação visual. São elas: proximidade, semelhança, continuidade, fechamento e pregnância . a maioria dessas leis possuem princípios que aplicamos intuitivamente, e quase que pela lógica.
Proximidade - Quanto mais próximos os elementos mais facilmente reconheceremos a identidade entre eles e veremos a composição do grupo e não das partes isoladamente.
Semelhança - Elementos semelhantes (em forma, tamanho, cor, textura, etc) tendem a ser vistos como partes integrantes do mesmo grupo.
Continuidade - Elementos alinhados conduzem o olhar para o conjunto.
Fechamento - ocorre quando a composição induz a visualização de uma imagem que não está integralmente registrada.
Pregnância da Forma - Princípio da simplicidade, quanto mais simples a forma, mais ela informa, mais facilmente é registrada e armazenada pelo cérebro. Uma imagem tratada com boa pregnância, pode fazer com que o observador tenha uma percepção muito rápida do que se quer informar.
Fontes de pesquisa
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual - 3a ed. - São Paulo - Martins Fontes, 2007
A HISTÓRIA DA ARTE
➤ AULA 7 - Arte Cinética
Postagem:22|06|2020.
ABRAHAM PALATNIK
Abraham Palatnik nasceu em Natal, RN em 1928 e falecido em 2020 no Rio de Janeiro. Artista cinético, pintor, desenhista. Considerado um dos pioneiros da chamada arte tecnológica no Brasil, expande os caminhos das artes visuais ao relacionar arte, ciência e tecnologia. De modo criativo, e ao longo de seus mais de 60 anos de carreira, desenvolve maquinários com experimentações artísticas e estéticas diversas. em 1932, Palatnik muda-se para Israel, e começa seus estudos em motores de explosão em Tel-Aviv, e também seus estudos em artes em um ateliê de escultura, onde passa ater aulas de pintura, escultura, desenho e estética. Em 1948 retorna ao Brasil e tem seus primeiros contato com artista como Ivan Serpa, Renina Katz, Almir Mavignier e o crítico de artes Mário Pedrosa.
Por volta de 1949, inicia estudos no campo da luz e do movimento. Após pintar algumas telas construtivas, começa a projetar máquinas em que a cor aparece se movendo. Com base nesses experimentos são criadas caixas de telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores. Mário Pedrosa chama as invenções de Aparelhos Cinecromáticos, mostrados pela primeira vez em 1951, na 1ª Bienal de São Paulo.
Palatnik morreu aos 92 anos em maio de 2020, no Rio de Janeiro, vítima da Covid-19.
OBJETO CINÉTICO, 1966 |
OBJETO CINÉTICO, Madeira, tinta acrílica, metal, motor, plástico, fórmica. |
OBJETO CINÉTICO, 2002 - Metal, motor, madeira, tinta industrial |
OBJETO CINETICO C-11, 1966 - madeira, ímãs e motor |
Referência Bibliográfica:
➤ AULA 6 - LINGUAGEM VISUAL - O PONTO Postagem:05|06|2020.
O Ponto é necessariamente considerado em Linguagem Visual, o início de
tudo. Para que possamos observar o simbolismo de uma estrutura gráfica é
necessário começar pelo elemento mais simples que compõe a matéria: o ponto.
O ponto é a menor unidade de comunicação visual, a mais simples e irredutivelmente
mínima. O ponto indica uma posição no espaço e constrói a imagem e funciona como referência no espaço visual por ter um grande poder de atração visual sobre a visão humana. O
ponto não tem comprimento nem largura, pode representar o início e o fim de uma
linha e está onde duas linhas se cruzam. Ele é um “ser vivo”. A
unidade mínima da presença. Estamos muito acostumados a usá-lo na escrita, como
agora, mas ele tem outras posições, além desta. O PONTO ser concebido de
diversas maneiras: como Elemento Visual e como Elemento Relacional.
O Ponto como Elemento Visual - o ponto possui formato, cor, tamanho e
textura. Suas características principais são: tamanho (deve ser pequeno),
e o formato (deve ser simples). Sua aplicação em uma representação visual ainda pode ter mais dois desdobramentos e pode também ser classificada em adensamento e rarefação.
a) Adensamento - Uma determinada concentração de pontos pode representar um efeito. O espaçamento entre os pontos é mínimo. Observe abaixo duas figuras e veja como prevalece a ideia de movimento. Isto acontece porque os pontos na primeira figura estão exatamente nos lugares determinados por suas cores. Já na segunda, uma breve noção de desorganização, causada pelo emaranhado de pontos de diversos tamanhos.
O ponto é a menor unidade de comunicação visual, a mais simples e irredutivelmente mínima. O ponto indica uma posição no espaço e constrói a imagem e funciona como referência no espaço visual por ter um grande poder de atração visual sobre a visão humana. O ponto não tem comprimento nem largura, pode representar o início e o fim de uma linha e está onde duas linhas se cruzam. Ele é um “ser vivo”. A unidade mínima da presença. Estamos muito acostumados a usá-lo na escrita, como agora, mas ele tem outras posições, além desta. O PONTO ser concebido de diversas maneiras: como Elemento Visual e como Elemento Relacional.
a) Adensamento - Uma determinada concentração de pontos pode representar um efeito. O espaçamento entre os pontos é mínimo. Observe abaixo duas figuras e veja como prevalece a ideia de movimento. Isto acontece porque os pontos na primeira figura estão exatamente nos lugares determinados por suas cores. Já na segunda, uma breve noção de desorganização, causada pelo emaranhado de pontos de diversos tamanhos.
O Ponto Como Elemento Relacional
A
sua representação enquanto Unidade de Forma constituirá uma TEXTURA. Quando um conjunto de pontos é organizado de forma sequencial, esses pontos se
ligam, sendo, portanto, capazes de dirigir o olhar. Em grande número e
justapostos, os pontos criam a ilusão de tom. A capacidade única que uma série
de pontos tem de conduzir o olhar é intensificada pela maior proximidade
dos pontos.
Referência Bibliográfica:
DONDIS, Donis A.- Sintaxe da Linguagem Visual - 3 edição - São Paulo: Martins Fontes, 2007.
➤ AULA 5 - LINGUAGEM VISUAL - OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS Postagem:22|05|2020.
Com tão poucos elementos básicos, e que nem sempre se apresentam em conjunto, forma-se toda a expressão visual na arte e no design na sua mais imensa variedade de técnicas e estilos.
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